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Uma nova linhagem do Sars-CoV-2, chamada XEC, foi identificada no Brasil, com casos no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A linhagem, que pertence à variante Ômicron, foi detectada inicialmente em dois pacientes no Rio, em setembro, e posteriormente em outras regiões. A identificação foi feita pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e informada ao Ministério da Saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma variante sob monitoramento devido a possíveis mutações que podem aumentar sua transmissibilidade. Desde seu surgimento em junho de 2024, a linhagem se espalhou por mais de 35 países, com mais de 2.400 sequências genéticas depositadas.
Segundo a virologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paola Resende, a XEC pode ser mais transmissível, mas é necessário monitorar seu comportamento no Brasil, já que a resposta imunológica da população pode ser diferente de outros países.
A detecção da XEC ocorreu em meio à vigilância genômica no Rio, que também confirmou a predominância da linhagem JN.1. A especialista alerta para a necessidade de reforçar o monitoramento genômico no Brasil, que está enfraquecido, destacando a importância desses dados para a atualização de vacinas contra a Covid-19.
A XEC surgiu de uma recombinação genética entre duas cepas anteriores e possui mutações que podem favorecer sua disseminação.