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Nova empresa assumirá operação das barcas no Rio a partir de 2025
Licitação prevê modelo com maior controle estatal e enfrenta questionamentos do TCE-RJ
Nova empresa assumirá operação das barcas no Rio a partir de 2025
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Por: Gabriel Ferreira Data da Publicação: 25 de novembro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Divulgação

A operação das barcas no Rio de Janeiro passará por mudanças em 2025, com o fim do contrato da CCR Barcas, atual concessionária, válido até o mês de fevereiro.

Até o momento, a nova responsável pelo serviço será a BK Consultoria e Serviços Ltda, vencedora da licitação realizada na última sexta-feira (22), pela Secretaria Estadual de Transportes e Mobilidade (Setram) com uma proposta de R$ 1,949 bilhão. O contrato terá duração de cinco anos, priorizando o menor preço global.

A Setram informou que, antes da assinatura do contrato, a documentação apresentada pela BK Consultoria passará por análise. Enquanto isso, a CCR Barcas aguarda o resultado final para iniciar o processo de transição, previsto para durar até três meses, embora o prazo dependa das condições negociadas com a nova concessionária.

De acordo com o edital, o novo modelo de concessão inclui maior controle estatal, manutenção das tarifas sociais, intervalos reduzidos de 20 minutos nos horários de pico e a possível criação de novas rotas, como Paquetá-Cocotá. No entanto, a viabilidade dessas mudanças será avaliada com base na demanda e operação.

Em nota, a CCR informou que Aa Secretaria de Transportes e a concessionária estão em contato para organizar a futura transição.

“A concessionária segue à disposição para dar início às tratativas e reforça seu compromisso de seguir no atendimento à população até fevereiro de 2025”, completa.

TCE-RJ aponta irregularidades

Apesar do avanço no processo de licitação, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) apontou irregularidades no edital. Segundo auditoria, a receita tarifária cobre apenas 25% dos custos operacionais, deixando 75% sob responsabilidade do Estado, com um impacto estimado de R$ 300 milhões anuais.

Além disso, foi destacada a falta de clareza sobre a origem dos recursos e problemas como o uso de embarcações inadequadas para determinadas rotas, como Cocotá e Paquetá.

A Setram, por sua vez, afirmou que está analisando os apontamentos do TCE-RJ e defendeu a regularidade do edital. O futuro da operação segue cercado de incertezas, enquanto usuários aguardam definições sobre as mudanças prometidas.

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