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Niteroienses que estavam em Israel, enfim, chegam em casa
As 103 pessoas que estavam em excursão da Lagoinha na Terra Santa desembarcaram no Rio nesta quarta-feira (11)
Niteroienses que estavam em Israel, enfim, chegam em casa
Pedro Medeiros Gondim
Por: Pedro Medeiros Gondim Data da Publicação: 11 de outubro de 2023FacebookTwitterInstagram
Foto: Pedro Medeiros Gondim

Muita emoção, cantoria e abraços marcaram a chegada dos 100 brasileiros da Igreja Lagoinha, muitos deles de Niterói, ao Aeroporto Tom Jobim após conseguirem sair de Israel em meio à guerra que explodiu lá esta semana. Do grupo de 103 pessoas, 100 retornaram ao país no voo comercial com escala em Dubai e três em um voo da FAB que chegou ao Rio de manhã.

                        

A excursão dos religiosos pela cidade israelense já estava prevista para terminar na terça, data do voo de volta. Contudo, desde sábado (7), o grupo estava preso em um hotel no centro de Jerusalém por conta das ameaças de ataques e bombardeios.

Entre familiares e amigos, mais de 200 pessoas encheram o saguão do terminal 2 do aeroporto. Bexigas, cartazes e bandeiras do Brasil se fizeram presentes, enquanto o avião sequer havia tocado o solo. Isabela Pereira, 38 anos, frequentadora da Lagoinha Niterói, conta que pediu dispensa do trabalho para poder estar presente na chegada.

                             

“Não tenho parentes nesse voo, mas confesso que fiz questão de estar aqui por causa do meu pastor Felippe Valadão. Foram dias muito difíceis com eles lá. A nossa comunidade inteira teve dificuldade de dormir, sabendo que nossos irmãos estavam lá no meio de uma guerra que nem é deles. Hoje, estamos aqui para festejar e agradecer a Deus pela vida de cada um que vai chegar logo, logo”, disse Isabela, enquanto escrevia, sentada no chão, dizeres em cartazes a serem mostrados, quando começassem a desembarcar no terminal.

Mãe de Milena Diniz e sogra de Vitor de Paula, a cantora Iris Diniz, de 52 anos, foi uma das primeiras a chegar. Emocionada, ela disse do alívio em ter a oportunidade de abraçar sua filha e seu genro novamente.

“Eu estou desde sábado sem dormir direito, ainda que, sempre em contato com eles, ela me dissesse que estava tudo bem. Em situações assim, tudo pode mudar de um segundo para o outro. Há coisa de dois dias, teve um episódio que ela fez uma chamada de vídeo, contando que havia tocado a sirene, que ela precisava correr para o bunker, mas me ligou para dizer que me amava. Pensei: pronto! Ligou para se despedir. Mas, no fim, tudo deu tudo certo, graças a Deus. O coração de mãe fica mais aliviado, mas só vai ficar 100%, quando puder abraçá-la”, confessou.

Pastor da Igreja Batista Lagoinha de Niterói, Felippe Valadão era um dos mais emocionados no desembarque. Ele contou que, apesar de todo nervosismo em si, o maior desafio era transmitir calma para um grupo de mais de 100 pessoas.

“A sensação é de alívio. Não há outro nome. Graças a Deus, chegamos a nossa casa, estamos vendo nossos amigos, nossa família. Foram dias intensos, a gente não sabia o que estava acontecendo, mas havia uma convicção do nosso coração que a gente ia conseguir voltar bem. Estávamos seguros no hotel, mas foram quatro dias de intensa preocupação até porque a gente nunca passou por isso nem sabe o que pode estar esperando pela gente lá fora. Em alguns momentos tocava a sirene, a gente tinha que descer para um bunker. Nunca sabíamos, por exemplo, se o hotel estava sendo invadido, se era uma bomba que tinha explodido, mas o mais difícil foi segurar 103 pessoas emocionalmente. Mas, por fim, a gente está bem. Vamos embora, vamos curtir essa vida maravilhosa que Deus nos deu”, concluiu.
 

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