No último domingo (22), a Interpol comunicou ao Itamaraty o desaparecimento do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos. O homem é natural de Niterói e mora em Israel há 35 anos. Ele possui duas filhas e cinco netos, todos moram em Israel.

No dia de ontem, a emissora "GloboNews" divulgou um relatório com descrições de familiares sobre o que teria acontecido com o brasileiro.

Segundo a emissora, Michel estava no telefone com um parente às 6h57 do dia 7 de outubro, quando houve bombardeio do Hamas na cidade de Sderot, cidade onde vivia e que faz fronteira com Gaza.

A filha tentou ligar de volta às 7h24 e a ligação foi atendida por alguém que falava árabe e repetiu "Hamas" por algumas vezes, até desligar.

Os familiares acreditam que Michel foi sequestrado, por conta de um vídeo divulgado pelo Hamas. Nas imagens, aparecem pertences de israelenses que foram sequestrados e que estão mantidos como reféns. Segundo eles, é possível identificar a carteira de Michel.

Nisenbaum possui dupla cidadania segundo o Itamaraty, é o único brasileiro que o governo trata como desaparecido nesse momento.

O jornalista Leo Gerchmann, relatou em suas redes sociais a relação que tinha com Michel.

“Meu colega no CIB. Querido amigo na infância. Fez aliá (quando judeu emigra pra Israel) na pré-adolescência. Nunca mais tive notícias do Michel e sempre tive curiosidade pra saber dele. Agora vejo que está desaparecido, provavelmente sequestrado. E o cara tem que aguentar um bando de antissemitas metidos a intelectuais e humanistas falando disparates contra Israel depois do pogrom violentíssimo que os monstros terroristas e genocidas do Hamas fizeram”, disse.

Desde o início da ofensiva do Hamas, três brasileiros foram confirmados como mortos Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer.

Além disso, três israelenses com ascendência brasileira também morreram: Gabriel Yishay Barel, Celeste Fishbein e um terceiro sem identificação.