Já temerosa de uma invasão de fugitivos em decorrência da ação federal de combate ao crime  no Rio de Janeiro, nas rodovias e na Baixada Fluminense a cidade de Niterói vem apresentando a imagem de ser  a capital da pobreza, após as campanhas apontando-a como "a cidade boa para morar" face a sua qualidade de vida.

A miséria está exposta a olho nu nas praças, nas vias centrais e nas mais movimentadas de Icaraí, São Francisco e São Domingos, quadro agravado pelo surgimento do que foi classificado de "cracolândia", no entorno da histórica Praça da República, defronte da Câmara Municipal e ao do Forum da Comarca.

A mais importante via central da cidade, a Avenida Amaral Peixoto, dotada de galerias protetoras contra chuvas, tem os dois lados dos seus quatro quarteirões ocupados por pessoas protegidas por papelões, cobertores e outros apetrechos como se fossem moradias permanentes. Noturnamente grupos solidários e especialmente religiosos, servem uma refeição que atrai mais pessoas carentes.

'CRACOLANDIA"

O quadro de miséria, com grande ajuntamento de pessoas de todas as idades - inclusive crianças- é chocante. Não há lavagem de calçadas e, na falta de sanitários públicos, esta população supre suas necessidades fisiológicas no próprio local "habitado"

A Praça da República antes usada por alunos do Liceu Nilo Peçanha tornou-se um símbolo do medo.

A ocupação já era tradicional no Jardim de São João e foi ampliada para o entorno da Praça de São Domingos, bairro histórico e universitário, que vem sendo evitado pela chamada "boemia universitária", o que reflete no movimento dos bares e da única livraria noturna da cidade.

CAOS SOCIAL

O "mictório público" operava no final do terreno da sede antiga da Enel e se transferiu para outros pontos, notadamente na parte inicial onde há uma árvore e reina a escuridão.

Toda a Praça Leoni Ramos, arborizada, tem precária iluminação o que favorece a presença de pessoas viciadas ou que preferem a escuridão em busca do anonimato.

Os restaurantes se queixam do grande número de pedintes que estendem as mãos aos frequentadores, notando-se que a maioria é "pessoal de fora" e parte é constituída por pessoas com deficiências mentais e até físicas. É marcante a presença de meninos e meninas, algumas ofertando balinhas. Os adultos preferem pedir "dinheiro para comer" ou para "comprar remédio".

(Na próxima edição: Há muito "teto" abandonado"

BRASIL CRESCE DE IMPORTANCIA NA ONU

Mesmo com os EUA usando o seu "direito ao veto" diante da proposta do Brasil, para favorecer a ajuda humanitária às vítimas do conflito Israel-Hamas, o Brasil saiu fortalecido em seu desempenho no Conselho de Segurança da ONU.

A Rússia e o Reino Unido se abstiveram de votar porque desejam incluir no texto a proposta de cessar fogo imediato.

Os demais 12 membros do Conselho acompanharam a posição do Brasil: China, França, Japão Albânia, Equador, Gabão, Gana, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

O Embaixador do Brasil se declarou com a postura dos Estados Unidos.

A votação poderá determinar um novo alinhamento dos países, inclusive com o fortalecimento do desejo do Brasil se tornar o sexto Estado-membro, adquirindo o poder de veto.

MELHOR NA ECONOMIA

Também o Fundo Monetário Internacional (FMI) transmitiu mais confiança ao Brasil apontando a sua chegada à nona posição em termos de crescimento, segundos dados apurados em torno do Produto Interno Bruto (PIB)

Os EUA lideram o ranking com um PIB de US 26,9 trilhões seguido da China, com 17,7 trilhões.

Na faixa de 4,8 trilhões a 3,03 trilhões, encontram-se a Alemanha, Japão, Índia, Reino Unido e França.

A Itália, com US$ 2,19 trilhões vem a seguir, cabendo a nona posição ao Brasil, com US$ 2,11 trilhões e o Canadá, perto deste limite.

Primeiro livro 

O coronel e ex-comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Wilton Soares Ribeiro, lança, no próximo dia 11 de novembro, o livro "Recuerdos de la Rep Dom e Outras Histórias", na livraria Schoffer - rua Ator Paulo Gustavo, 211, em Icarai, Niterói, sua terra natal. É o primeiro livro do policial, que exalta a importância da missão patriótica de servir às Forças Armadas brasileiras.