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Cessada a polêmica "ponte ou túnel", tudo indicava que seria levada à prática a sugestão do GT do antigo Ministério da Viação e Obras Públicas que, ao optar pela obra rodoviária, sugeriu imediatos estudos para a oferta de um sistema urbano com a construção de um túnel de 2,6 km, ligando o Gragoatá ao Calabouço (Santos Dumont).
Os governantes fluminenses badalavam a construção do Metrô e um Secretário do Governo Anthony Garotinho proclamou que "o Metrô será inaugurado em 2005". Passadas 2,5 décadas nada foi feito, além de empolgantes projetos indicando belas e modernas vias no rumo do Fonseca e de São Gonçalo, uma delas, um elevado sobre a área de saída, em Niterói, da Ponte.
A conclusão da sonhada Avenida do Contorno, em 1964, sepultou outros projetos como a construção de um elevado sobre o canal da Alameda São Boaventura.
Enquanto a população e a frota de veículos crescia espantosamente desde 1974, a cidade permanecia estagnada, só ganhando uma obra de relevância: o cinquentenário do projeto do túnel Charitas-Piratininga, tornado realidade na primeira gestão do prefeito Rodrigo Neves. Foi um alívio desde que, em 1972, o DER-RJ construiu a Estrada da Cachoeira, proposta deste jornal, que facilitou o acesso à Região Oceânica.
Duas medidas elementares não tiveram resultado: a obra da Via 100, saindo do projetado Museu do Cinema para o Gragoatá e a utilização da orla, desde a Praça JK até o Forte do Gragoatá, de grande importância viária e turística, que a UFF mantem isolada como limite do seu "campus".