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Mudança na gestão das barcas gera expectativa por melhorias
Usuários apontam problemas e esperam soluções com a chegada do novo consórcio, Rio Barcas, em fevereiro
Mudança na gestão das barcas gera expectativa por melhorias
Foto do autor Gabriel Ferreira Gabriel Ferreira
Por: Gabriel Ferreira Data da Publicação: 24 de janeiro de 2025FacebookTwitterInstagram
Passageiros em longas filas ao sair da estação das barcas - Foto: Gabriel Ferreira

Com o fim da concessão atual das barcas e a transição para o consórcio Rio Barcas no dia 11 de fevereiro, passageiros demonstram preocupação se os problemas enfrentados diariamente serão resolvidos. A TRIBUNA percorreu o trajeto entre a Praça Arariboia, em Niterói, e a Praça XV, no Rio, ouvindo as opiniões dos usuários sobre os desafios do serviço, atualmente gerido pela CCR Barcas.

Entre as principais queixas está a ausência de climatização em algumas embarcações. “Todas as barcas deveriam ter ar condicionado. Com este calor, isso é indispensável. Além disso, o preço é alto, R$ 7,70 pesa no bolso. Um terminal de barcas em São Gonçalo seria uma ótima solução para reduzir o fluxo na Praça Arariboia”, afirmou um morador de São Gonçalo, que preferiu não se identificar, destacando também o desconforto causado pelo calor na estação da Praça XV.

Interior das barcas - Foto: Gabriel Ferreira

Outra usuária criticou o tempo de espera entre as embarcações, especialmente nos horários de pico, e a falta de manutenção da estrutura. “Trabalho em Copacabana e enfrento barcas lotadas de manhã e à tarde. Além disso, muitos bancos estão danificados, e em algumas embarcações falta ar-condicionado. Espero que a nova empresa traga melhorias”, relatou.

Entenda como vai como funcionar o novo modelo de gestão

Estação Araribóia, em Niterói - Foto: Gabriel Ferreira

O Consórcio Rio Barcas, formado por BK Consultoria, Internacional Marítima, Innovia Soluções Inteligentes e Sudeste Navegação, assinou, em 10 de janeiro, contrato com o Governo do Estado para gerir as barcas na Baía de Guanabara pelos próximos cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco.

Diferente do modelo anterior, o consórcio será contratado como prestador de serviço. A receita das tarifas ficará sob gestão do Estado, que pagará ao consórcio um valor fixo de R$ 1,9 bilhão. 

“O objetivo é evitar desperdícios, como o uso de embarcações grandes em horários de baixa demanda, e garantir uma operação mais equilibrada e eficiente”, afirmou o governador Cláudio Castro durante a assinatura.

Melhorias previstas

Foto: Gabriel Ferreira

Até o início da nova gestão, o consórcio analisará as principais necessidades do sistema, com foco em garantir a continuidade do serviço, que atende cerca de 40 mil passageiros diariamente. Durante esse período, a CCR Barcas continuará operando as seis linhas existentes: Praça XV - Praça Arariboia, Praça XV - Charitas, Praça XV - Paquetá, Praça XV - Cocotá, Ilha Grande - Mangaratiba e Ilha Grande - Angra dos Reis.

A transição também incluirá a avaliação da equipe atual e da estrutura já existente, visando evitar interrupções e manter a qualidade do serviço. Além disso, o contrato prevê intervalos de 20 minutos nos horários de pico, implementação de tarifas sociais e possibilidade de criação de novas rotas.

Apesar das críticas e das expectativas de mudanças, tanto a CCR Barcas quanto o Consórcio Rio Barcas não responderam aos questionamentos feitos por A TRIBUNA até o fechamento da matéria.

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