Movimentação financeira de pequenas e médias empresas cresce em setembro
Levantamento da Omie apresentou melhora em relação ao mesmo período no ano passado
Movimentação financeira de pequenas e médias empresas cresce em setembro
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Por: Redação Data da Publicação: 03 de Novembro de 2023FacebookTwitterInstagram
Fonte: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em setembro de 2023, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) mostra que a movimentação financeira média das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras cresceu 6,9% na comparação com setembro de 2022.

Com o resultado, o setor encerrou o terceiro trimestre do ano com alta de 9,4% ante o terceiro trimestre de 2022, após +6,0% no segundo trimestre. No acumulado do ano até setembro, o índice mostra crescimento de 5,1% frente ao mesmo período do ano anterior.

O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 678 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

Segundo Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, “considerando o desempenho do mercado de PMEs pelos grandes setores da economia, o resultado de setembro segue a mesma tendência dos últimos meses, com o aquecimento do mercado pelos segmentos de Indústria e Serviços”.

A movimentação financeira real das PMEs industriais avançou 16,8% em setembro de 2023 na comparação anual, nono mês consecutivo de crescimento nesta base de comparação. No último mês, o IODE-PMEs mostra que o desempenho positivo da Indústria foi sustentado pelas atividades de ‘Impressão e reprodução de gravações’, ‘Fabricação de produtos alimentícios’ e ‘Fabricação de produtos químicos’.

O setor de Serviços também vem se destacando nos últimos meses, contribuindo para a manutenção do crescimento do mercado de pequenas e médias empresas nos últimos dois trimestres. O índice aponta que a movimentação financeira das PMEs de Serviços registrou expansão de 5,6% no último mês em termos anuais, avanço sustentado por segmentos como ‘Serviços financeiros’, ‘Atividades administrativas e serviços complementares’ e ‘Educação’.

Já no caso do Comércio, o setor segue em retração (-6,9%), que tem se mostrado disseminada entre as grandes categorias deste mercado (atacado e varejo). No varejo, o índice mostrou retração de 10,9% no último mês, reflexo da redução da movimentação financeira real em atividades  como ‘Equipamentos de escritório’, ‘Calçados’ e ‘Tintas e materiais para pintura’.

“Na contramão do desempenho fraco das PMEs do setor nos últimos meses, alguns segmentos altamente dependentes da evolução da renda das famílias – como o varejo de alimentos e bebidas – apresentaram crescimento no período”, afirma Beraldi.

Por fim, o IODE-PMEs também mostrou recuo do setor de Infraestrutura no período (-9,7%), após modesto crescimento em agosto (+2,8%), resultado que reflete a retração das atividades de ‘Obras de infraestrutura’ e de ‘Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação’.

Beraldi explica que a recuperação do mercado de pequenas e médias empresas no país é um dos fatores por trás do crescimento da economia doméstica em ritmo acima do esperado pelo mercado no início do ano.

“De toda forma, o período recente tem sido marcado por uma mudança na dinâmica do mercado, com manutenção do crescimento de Serviços, mas perda de ímpeto do Comércio – após um 2022 bastante positivo para o setor. Em linhas gerais, a evolução da renda das famílias, combinado com o maior controle inflacionário (especialmente sobre bens essenciais – como alimentos e combustíveis), são os principais fatores por trás do maior dinamismo visto no mercado de PMEs nos últimos meses.” Finaliza o economista.

 

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