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Vai ser sepultado nesta quinta-feira (18) o corpo do baterista Rui Motta, que tocou na fase progressiva da banda Mutantes, com Sergio Dias (guitarra e voz), Antonio Pedro Fortuna (baixo e voz) e Túlio Mourão (teclados).
Rui morreu aos 72 anos, e a causa não foi divulgada.
Nascido em Niterói (RJ), Rui começou a tocar ainda adolescente, como autodidata, em bandas como Os Corujas, Veludo Elétrico e Sociedade Anônima, com a qual participou da trilha sonora da novela “O Homem que deve morrer” (TV Globo), de Janete Clair, com a canção “Solto no ar”.
O Sociedade ainda foi classificado para o VI Festival Internacional da Canção de 1971 ao defender “Quem não canta e não dança não sabe o que está perdendo” (de Paulinho Machado e Nelson Motta).
Reconhecido como um dos melhores bateristas brasileiros, ele gravou e se apresentou com grandes nomes como Erasmo Carlos, Marina Lima, Moraes Moreira, Sá e Guarabyra, além de Ney Matogrosso, Zé Ramalho e Steve Hackett (guitarrista da banda inglesa Genesis).
Em 2006, ele inaugurou no Rio a Oficina de Bateria Rui Motta, escola voltada para a formação de bateristas através de um programa exclusivo, criado e organizado pelo próprio. Na área didática Rui deixa sete livros editados e dezenas de vídeos na internet.
Nos anos 2010, Rui se juntou a Sérgio Dias, Antônio Pedro (baixo) e Túlio Mourão (teclados), os músicos que gravaram "Tudo foi feito pelo sol", para o show "Cavaleiros negros", que revivia o repertório da fase progressiva dos Mutantes.