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Tutores de cães que tiveram suspeita de envenenamento nas ruas do Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, continuam procurando a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Desde o início de maio, cerca de 40 animais deram entrada em clínicas veterinárias da região com os mesmos sintomas de intoxicação. Pelo menos três morreram.
É o caso da cadela Mel, que morreu no início de maio com suspeita de envenenamento.
A administradora Juliana Salinas, que esteve na DPMA com vizinhos que estão com cães internados, conta que surgiram novos casos suspeitos.
"Ela começou sem andar, com dificuldade de se mover e muito apática.
"Os cães têm o hábito de ficar cheirando os canteiros, e a Mel tinha essa necessidade, então provavelmente foi no canteiro que ela passou para fazer as necessidades normais do dia e acabou cheirando a substância. Ela não chegou a mastigar", disse.
Nesta segunda-feira (10), o prefeito Eduardo Paes informou que a Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio - CIVITAS da Prefeitura do Rio está trabalhando na identificação, via câmeras, dos eventuais responsáveis por essa atrocidade.
No sábado, a Comlurb realizou uma limpeza hidráulica com água de reuso e detergente nos locais onde houve as denúncias de envenenamento. Foram usados quatro caminhões-pipas e duas jateadeiras.
A Polícia investiga também se os casos ocorridos no Jardim Oceânico estão relacionados ao envenenamento dos cães do ator Cauã Reymond.
Eles comeram carne com chumbinho jogada no seu quintal, no Joá. O ator registrou uma ocorrência do crime.
O rottweiler Romeu não resistiu, e a cadela Shakira segue internada. O ator havia relatado que suspeitava que o crime teria sido cometido para tentarem assaltar sua casa.
“Fala pessoal, tudo bem? Estou aqui para agradecer o carinho de vocês. Foram muitas as mensagens, fiquei surpreso com a quantidade. Não consigo responder uma a uma, mas estou aqui para agradecer. Muito obrigado pela atenção, pelo cuidado, por tudo”, disse Cauã em um vídeo.
A Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal do Rio está acompanhando os casos.
"A gente ainda não sabe se esse envenenamento foi deliberado, se foi uma pessoa que colocou o veneno, ou também alguma empresa que aplicou algum produto tóxico", disse o presidente da comissão, o vereador Luiz Ramos Filho.
"A gente faz um apelo aos síndicos e administradores de condomínios não só do Jardim Oceânico, como de toda a cidade, que não utilizem produtos tóxicos em canteiros, porque isso pode causar danos tanto aos animais, quanto às pessoas, e pode também levar à morte", complementou.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente está fazendo diligencias para tentar esclarecer o caso, mas os policiais destacam que é importante registrar BO em qualquer delegacia. Pelo menos quatro pessoas procuraram a Polícia Civil para denunciar o caso.
A principal suspeita é que algum produto tóxico esteja sendo usado em canteiros da região para matar ratos e plantas, provocando a contaminação dos cães de forma acidental. Os investigadores não descartam a hipótese de que alguém esteja querendo matar os animais.
A Secretaria municipal de Proteção e Defesa dos Animais também está acompanhando os casos e destaca que as pessoas podem fazer denúncias na central de atendimento do 1746 ou através do site www.1746.rio.