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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirma que vai ampliar o número de agentes federais que atuam no Rio de Janeiro após uma segunda-feira (23) de terror na Zona Oeste, que terminou com 35 ônibus queimados por milicianos.
Cerca de 300 agentes da Força Nacional reforçam o policiamento no estado, mas a atuação deles está restrita a rodovias federais, portos e aeroportos.
Em uma rede social, o ministro disse que reuniões estão previstas para esta terça-feira (24) e novas decisões serão anunciadas nos próximos dias.
Segundo o governador Cláudio Castro, as 12 pessoas presas suspeitas de atearem fogo nos coletivos devem ser transferidas para penitenciárias federais. O político classificou os ataques como atos terroristas e afirmou que a decisão foi tomada após diálogo com o Ministério da Justiça.
Os protestos aconteceram em represália à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende em uma operação da Polícia Civil em Santa Cruz, na mesma região.
Ele era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da milícia que atua na Zona Oeste, e filho de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que foi morto em outra operação em 2021. Um criminoso também foi preso. Os agentes ainda apreenderam dois fuzis, uma pistola, dezenas de carregadores, munição, rádios transmissores, coletes e celulares.
De acordo com Cláudio Castro, Matheus era o segundo na hierarquia do grupo criminoso e estava sendo preparado para assumir a chefia da facção. Ele era apontado como um dos responsáveis diretos pelas disputas territoriais na região e também atuava na união entre tráfico e milícia, as chamadas narcomilícias.
O Governo do Estado afirma que as ações das polícias Civil e Militar terão como foco a prisão de chefes das facções que atuam no Rio. Além do miliciano Zinho, estão na lista o miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, e o traficante Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha.
Nesta terça-feira (24), o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli; o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; e o comandante da Força Nacional, coronel Alencar, vão se reunir com as superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.