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Cigarros eletrônicos, conhecidos como "vape" são proibidos no Brasil desde 2009 pela Anvisa, que em abril deste ano reforçou e expandiu a proibição para a fabricação e transporte dos produtos. No entanto, os cigarros eletrônicos são negociados livremente em redes sociais, marketplaces e sites de e-commerce
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, comparou a repressão ao comércio ilegal de vapes no país a “enxugar gelo”, em conversa com diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, que se tornou pública na semana passada. Levantamento realizado em agosto em plataformas online confirmam que a situação está mesmo fora de controle: foram identificados mais de 11 mil anúncios de venda de cigarros eletrônicos no Brasil, que impactam milhares de consumidores diariamente graças à escala das redes sociais e aplicativos de delivery.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 30 de agosto, pela plataforma de combate à Pirataria Offertech. Ao todo foram identificados 11.594 anúncios. O maior índice de anúncios encontra-se nas plataformas de redes sociais, especialmente Instagram e Facebook, inclusive em grupos privados. Pagamentos em PIX são predominantes, com entregas em algumas horas por vendedores locais. A percepção é de que nas plataformas de redes sociais e marketplace há atuação proativa visando a remoção de anúncios de cigarros eletrônicos, mas os sites de e-commerce – sites privados – são amplamente utilizados para a venda de cigarros eletrônicos no Brasil.
Um detalhe que chama a atenção no levantamento é a venda dos cigarros eletrônicos por meio de aplicativos de delivery. Empresas oferecem uma grande variedade de dispositivos, com sabores e apresentações diferentes. Os produtos anunciados podem ser comprados sem dificuldade e tem entrega rápida. Durante as pesquisas foram detectados diversos anúncios veiculados nas plataformas pesquisadas, representando 1,6% do total dos anúncios detectados.