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A Enel, que vem sendo alvo de pesadas ações da Prefeitura de São Paulo e governo federal por causa do “apagão” de energia que já dura mais de 40 horas em algumas regiões de São Paulo e ainda afeta cerca de 1 milhão de pessoas, reduziu fortemente o número de funcionários desde 2019.
É o que mostram dados apresentados pela própria companhia à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre 2019 e 2023, o corte foi de quase 36% – os números foram divulgados pela CNN.
Em 2019, a Enel contava com 23.835 funcionários e colaboradores, entre profissionais contratados pela empresa e terceirizados que vinham da antiga Eletropaulo. No fim de setembro de 2023, a força de trabalho da concessionária era de 15.366 profissionais – uma redução de 35,5% em quatro anos.
O que diz a Enel
A Enel, por sua vez, informou que “está com uma resposta de recuperação da rede mais efetiva do que em 2019”.
“Naquele ano, em uma situação de fortes chuvas, a Enel São Paulo restabeleceu o fornecimento de energia para 650 mil clientes em até 24 horas. No último sábado (4/11), após a ventania de mais de 100km/h – a mais intensa registrada nos últimos anos, com danos severos à rede de distribuição –, 960 mil clientes tiveram o fornecimento de energia normalizado em 24 horas”, afirmou a concessionária, em nota.
Ainda de acordo com a Enel, a companhia realiza um investimento médio anual de R$ 1,3 bilhão, um “volume recorde”.
Segundo a Enel, o “investimento está sendo destinado, principalmente, à digitalização e automação da rede elétrica, o que tem refletido na melhora dos indicadores de qualidade e na eficiência da companhia.
Segundo a distribuidora, a maior parte dos apagões foi provocada por quedas de árvores em fiações. Para que a rede possa ser restabelecida, é preciso retirar as árvores dos pontos críticos.