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Maricá faz registro raro de um gato-mourisco
Mamífero carnívoro foi flagrado, pela primeira vez, por armadilha fotográfica no Refúgio de Vida Silvestre
Maricá faz registro raro de um gato-mourisco
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 06 de fevereiro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Maricá

A Prefeitura de Maricá fez um registro raro de um jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi), também conhecido como gato-mourisco, caminhando pelo Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá (Revismar). 

O mamífero carnívoro da família dos felídeos foi flagrado, pela primeira vez, pelo programa de Monitoramento da Fauna Silvestre de Maricá (Mofama), no último dia 29 de janeiro, por volta das 9h, na região do Espraiado. 

O gato-mourisco é um animal ameaçado de extinção, presente na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Com medidas que variam entre 48 a 83 cm de comprimento e cauda de 27 a 59 cm, o gato-mourisco pesa de 3,7 a 9 kg, sendo os machos maiores que as fêmeas. 

Sua coloração varia de preto, marrom, para o cinza, areia e marrom-avermelhado, com cores intermediárias. 

Ao contrário da maioria dos felinos selvagens, jaguarundis preferem caçar durante o dia. 

Começam a se mover pouco antes do amanhecer até pouco depois do entardecer. 

Geralmente, são animais de hábitos solitários, podendo tolerar a presença de outros indivíduos em seu território, já que se alimentam de mamíferos de pequeno e médio porte, cobras, lagartos, aves, insetos, peixes e anfíbios.

“Esse flagrante representa o alto grau de conservação do refúgio de vida silvestre de Maricá. 

 A gente tem feito um trabalho árduo há mais de dez anos. Nós somos o segundo município no ICMS ecológico em relação à gestão das unidades de conservação municipal. 

"Isso mostra o comprometimento de todos que trabalham em prol do meio ambiente de Maricá”, explica o secretário de Cidade Sustentável, Helter Ferreira.

O avistamento foi feito em parceria com o projeto Onças Urbanas, uma cooperação técnica entre o Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o BioParque do Rio de Janeiro, que tem o objetivo de monitorar a fauna e fazer um trabalho de educação ambiental com a comunidade do entorno.

Monitoramento da fauna

A armadilha é uma câmera fotográfica que é ativada por um sensor de presença. 

O animal passa na frente da câmera, o sensor identifica e dispara a foto ou vídeo. 

Elas funcionam com oito pilhas recarregadas, são instaladas nos troncos das árvores e vistoriadas uma vez no mês, dependendo da sequência do disparo. 

O intuito é distribuir os equipamentos em pontos estratégicos do refúgio para captar, além das imagens de onças-pardas, registros de animais como o macaco bugio, que aparece com frequência na região. 

Se necessário, os profissionais abrirão novas trilhas para controle total da área.

Com os equipamentos, foi possível flagrar, pela segunda vez, imagens de uma onça-parda. 

O registro raro do felino em área litorânea foi feito por armadilhas fotográficas que já capturaram imagens de mais de 170 espécies de animais, entre mamíferos, aves e roedores. 

Os aparelhos já registraram mais de mil imagens que estão sendo analisadas e serão dispostas no relatório de monitoramento, que já identificou a presença de diversos animais silvestres no município, entre eles quatis, tamanduá, sagui, cachorro-do-mato, gambás, pica-pau, jacu (ave) sabiás, morcegos, lagartos, gato-maracajá, esquilo, guaxinim, tatu, entre outros.

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