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Números levantados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) constataram, no ano passado, que pelo menos 344 mulheres sofreram algum tipo de violência, a cada 24 horas, no estado do Rio. Os índices são alarmantes. Neste sentido, os vereadores de Maricá aprovaram, definitivamente - em segunda discussão -, um projeto de lei da prefeitura, criando o Conselho e o Fundo Municipal dos Direitos das Mulheres. Nele, há também cotas de diversidade, contemplando mulheres pretas e transexuais.
Esclarecendo que o conselho não deixará de representar as mulheres brancas, o vereador Danilo Santos (PDT) votou favoravelmente à proposta. "Cadeiras foram destinadas para terem a diversidade representada nele, para todos os tipos de mulheres. Não temos somente mulheres brancas. Não há uma divisão, mas sim uma tentativa de pluralizar o conselho", explicou.
O vereador Dr Richard (PC do B) reconheceu que, atualmente, na Câmara Municipal, a maioria é formada por homens, "que defendem as mulheres de Maricá" "Estamos numa Comissão de Defesa das Mulheres, mas aqui ela é representada por três homens. Isso demonstra que estamos nessa luta, independentemente de raça e orientação sexual", ressaltou.
Mais números
Ainda de acordo com o ISP, mais de 125 mulheres foram vítimas de violência doméstica, entre 2022 e 2023.
Cerca de 21 mil delas sofreram violência moral, psicológica e física, simultaneamente.
Dentre as novidades do levantamento, o perfil da idade dos agressores: de 30 a 59 anos. A violência física predomina em agressores menores de 17 anos. Todas as delegacias do estado forneceram os números para o ISP.
Brasil
No ano de 2023, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica, a cada 24 horas. Os dados referem-se a oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ e SP).
A informação consta do novo boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, divulgado no último dia 7 de março. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.
Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio, feminicídio. São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas. Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%), que usaram armas brancas (em 38,12% dos casos), ou por armas de fogo (23,75%).
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