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Horas antes da psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta se apresentar na 25ª DP (Engenho Novo), sua mãe e seu padrasto compareceram à delegacia para prestarem depoimento.
Uma fala dele apontou que o casal tinha opiniões diferentes sobre o que a principal suspeita pela morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond deveria fazer.
Em depoimento, o aposentado Marino Bastos Leandro, casado com Carla Andrade Cahermol de Faria, mãe de Júlia, informou que se dirigiu até a casa da psicóloga em Campo Grande e depois o casal retornou para residência com a suspeita.
Segundo Marino, ela se mostrava nervosismo e “dizia o tempo todo que tinha cometido uma besteira e pagaria pelo que fez”.
Ainda de acordo ele, a psicóloga disse que foi induzida por uma feiticeira que “iria matar, através de feitiço, o declarante, a mãe, o namorado Jean e a família dele”.
Marino contou também que ele tentou convencer Júlia a se entregar para polícia, mas sua companheira não queria que a filha se entregasse e pressionou ele a não agir.
Mãe e filha pediram que ele levasse Julia até uma rua escura no bairro da Barreira e pararam próximo de uma palmeira.
Lá, a psicóloga informou que não queria que eles soubessem o lugar exato em que ela estaria, Carla deu R$ 400 para filha e desde então perderam o contato com a suspeita.
Em depoimento, representantes de uma farmácia na Zona Norte do Rio afirmaram que Júlia comprou uma caixa de analgésicos com morfina no dia 6 de maio, 12 dias antes da morte de Luiz Marcelo.
A compra de R$ 158 foi realizada, segundo narraram, com apresentação de receita. O remédio, feito com morfina, é apontado como possível causa da morte do empresário.
A suspeita de uso do remédio para envenenar o empresário surgiu a partir do depoimento de Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana e fazia trabalhos espirituais para Júlia.
Presa em 29 de maio, Suyany disse que a cliente havia confessado ter moído cerca de 60 comprimidos de analgésicos e os misturou no preparo de um brigadeirão, depois servido a Luiz Marcelo.
Durante a semana, uma das testemunhas que depôs sobre o caso afirmou saber a motivação da morte do empresário, no entanto, teria alegado estar sofrendo ameaças de familiares da cigana.
A advogada da testemunha também foi ouvida pelos policiais da 25ª DP e informou que, assim como a testemunha, também está sendo ameaçada.
A cigana suspeita de ser a mandante na morte de Luiz Ormond é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais por ter tentado internar o ex-marido e a mulher dele à força em um clínica para dependentes químicos em Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o inquérito é investigado pela 2ª DP de Uberlândia.
Segundo a corporação, as apurações não foram concluídas porque Suyany não foi encontrada. A partir de agora, com a prisão, uma carta precatória será enviada para que ela seja ouvida.