Imagem Principal
Imagem
Lula demite Jean Paul Prates da Petrobras
Gestor vinha passando por um processo de fritura no governo
Lula demite Jean Paul Prates da Petrobras
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 14 de maio de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Tomaz Silva/Ag Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, nesta terça-feira (14), Jean Paul Prates da Presidência da Petrobras. 

No lugar dele, assume a ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo, durante o governo Dilma, Magda Chambriard - ao menos temporariamente. 

Desgastes

Jean Paul Prates já vinha sofrendo uma série de desgastes com ministros do governo, mais especificamente com o da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A demissão de Prates já era especulada, nos últimos meses. Em abril, o ministro Alexandre Silveira classificou os rumores de uma possível demissão de Prates como especulações. 

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa, após assinatura da medida provisória que prevê redução de 3,5% a 5% na conta de luz.

“A Petrobras é um cargo do presidente da República. A pergunta é pertinente por causa de um monte de especulação que surgiu nos últimos dias”, afirmou o ministro, que disse não ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Seria uma arrogância da minha parte. Será especulação do ministro falar sobre um cargo que é do presidente da República”, insistiu.

Em março, a Petrobras decidiu não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas. 

Na ocasião, o presidente da Petrobras se absteve da votação, o que teria gerado mal-estar no governo, que detêm maioria no Conselho de Administração da companhia e era contra a distribuição dos dividendos. 

O dinheiro ficou parado numa conta de reserva que pode ser usada para cobrir futuros investimentos. O caso ainda poderá ser revisto pelo governo.

Questionado sobre atritos entre o governo o presidente da companhia, Silveira normalizou a existência de posições públicas divergentes.  

"Não existe essa personificação. Existem posições publicamente antagônicas, sobre alguns temas. 

"Em algumas questões pontuais. Isso não é motivo de especulação, porque isso é público. As defesas que eu faço sobre as questões nacionais são conhecidas", argumentou o ministro.

Relacionadas