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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, nesta terça-feira (14), Jean Paul Prates da Presidência da Petrobras.
No lugar dele, assume a ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo, durante o governo Dilma, Magda Chambriard - ao menos temporariamente.
Desgastes
Jean Paul Prates já vinha sofrendo uma série de desgastes com ministros do governo, mais especificamente com o da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A demissão de Prates já era especulada, nos últimos meses. Em abril, o ministro Alexandre Silveira classificou os rumores de uma possível demissão de Prates como especulações.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa, após assinatura da medida provisória que prevê redução de 3,5% a 5% na conta de luz.
“A Petrobras é um cargo do presidente da República. A pergunta é pertinente por causa de um monte de especulação que surgiu nos últimos dias”, afirmou o ministro, que disse não ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Seria uma arrogância da minha parte. Será especulação do ministro falar sobre um cargo que é do presidente da República”, insistiu.
Em março, a Petrobras decidiu não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas.
Na ocasião, o presidente da Petrobras se absteve da votação, o que teria gerado mal-estar no governo, que detêm maioria no Conselho de Administração da companhia e era contra a distribuição dos dividendos.
O dinheiro ficou parado numa conta de reserva que pode ser usada para cobrir futuros investimentos. O caso ainda poderá ser revisto pelo governo.
Questionado sobre atritos entre o governo o presidente da companhia, Silveira normalizou a existência de posições públicas divergentes.
"Não existe essa personificação. Existem posições publicamente antagônicas, sobre alguns temas.
"Em algumas questões pontuais. Isso não é motivo de especulação, porque isso é público. As defesas que eu faço sobre as questões nacionais são conhecidas", argumentou o ministro.