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Primavera nos Dentes: a História do Secos e Molhados, de Miguel de Almeida
Em 1972, o estudante de arquitetura Gérson Conrad e o jovem jornalista João Ricardo buscavam um vocalista para a banda que acabavam de formar.
Unidos pelo amor ao rock, os dois amigos tinham uma estratégia para burlar a censura militar: musicar poemas de autores consagrados, como Manoel Bandeira e Vinicius de Moraes.
Uma amiga em comum apresentou-os a um jovem ator que vivia no Rio de Janeiro. Passaria pela cabeça do mais inventivo dos historiadores que o fogo cruzado entre militares e guerrilheiros, iniciado em fins dos anos, poderia alegre desfecho coletivo, debochado e jovem.
A história ao -lado a História do Brasil e chuta em a bandeira anárquica da revolução comportamental, a subversão ganha flores libertárias. Em, Conrad, João Ricardo e Ney Matogrosso seguram a primavera entre dentes e se transformam em heróis palco do Maracanãzinho.
A cidade do Sol, de Khaled Hosseini
Em comemoração ao 10º aniversário de “A cidade do Sol”, a Globo Livros lança edição comemorativa da obra, com prefácio do autor exclusivo para o Brasil.
A emocionante história de duas mulheres afegãs separadas pelas diferenças culturais e unidas pela busca desesperada pela sobrevivência.
Com um enredo envolvente e que discute questões políticas e sociais importantes para atualidade, “A cidade do Sol” emociona do começo ao fim.
A obra de Khaled Hosseini narra as histórias de Mariam e Laila, duas mulheres com idades, trajetórias e origens diferentes que acabam unidas pelas tragédias da guerra do Afeganistão e as restrições impostas pelo Talibã.
Mariam é fruto do relacionamento proibido entre um rico comerciante e uma de suas empregadas. Rejeitada pelo pai, perde a mãe ainda na adolescência e é obrigada a se casar com um desconhecido trinta anos mais velho que ela.
Já Laila, filha de um intelectual, cresceu sendo incentivada a estudar, cursar uma universidade e ter uma carreira. Porém, quando seus irmãos são enviados para lutar contra os soviéticos e sua mãe se afunda em profunda tristeza, a garota passa a enfrentar obstáculos e perceber que nem sempre seus desejos podem se tornar realidade.
Esta edição de A cidade do sol conta com prefácio inédito e exclusivo de Hosseini, que, com esta obra, retrata a transformação da vida das mulheres afegãs que lutam todos os dias pela garantia de seus direitos mais básicos e por pequenos momentos de felicidade.
Tudo passará: A vida de Nelson Ned, o Pequeno Gigante da Canção, de André Barcinski
Pela primeira vez, a história de Nelson Ned, que arrebatou uma multidão de fãs no Brasil e no mundo, reconstituída por completo.
Em “Tudo passará”, o jornalista André Barcinski reconstitui a fascinante biografia do cantor Nelson Ned desde a infância ― incluindo o diagnóstico de displasia espondiloepifisária, que lhe causaria dores crônicas ― até seus últimos dias em uma clínica de repouso.
Essa trajetória inclui a breve passagem pelo Rio de Janeiro na adolescência; a mudança para São Paulo sob as bênçãos de Chacrinha; o contrato com o empresário Genival Melo e os percalços do início da carreira; a fama nacional e internacional; os casamentos conturbados e a paternidade; a relação com o nanismo; o feroz embate com a imprensa, com a Jovem Guarda e a turma da bossa nova; a posterior conversão de Nelson Ned à igreja evangélica e o ostracismo.
Têm destaque ainda os anos 1970, quando o cantor vivia uma rotina insana na companhia de figuras como General Durazo, Baby Doc e Pablo Escobar.
Ilustrada por imagens inéditas, esta é enfim a história do homem cuja voz embalou o Brasil dos anos 1970 a 1990.
“Nelson Ned foi um dos maiores artistas de seu tempo. A música romântica foi tachada por parte da crítica como brega, alienada. Mas era a que escutávamos no radinho de pilha, no quartinho da empregada, na portaria, no táxi, nos bordéis. Era o que nos fazia suspirar.” ― Marcelo Rubens Paiva.