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Os assaltos e agressões organizados ocorridos no último fim de semana em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, motivaram o ressurgimento de grupos de justiceiros.
Ou seja, pessoas que se reúnem, armados com facas, pedaços de pau e soco-inglês, para "caçar" suspeitos de praticarem roubo.
Essa situação, de tempos em tempos retorna ao Rio de Janeiro, sendo a última vez em 2015. Porém, na década de 90 já ocorreram casos semelhantes.
Nas redes sociais, já circulam vídeos de homens, com rostos cobertos, circulando pelas ruas do bairro de Botafogo, armados com pedaços de pau.
”(Imagem de soco inglês) Eu vou partir assim, quebrar osso da cara. Deixar eles pior do que eles deixaram o coroa”, afimou um integrante do grupo denominado ”União dos Crias”.
Ele se referia ao empresário Marcelo Rubim Benchimol, que apanhou de alguns jovens, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, quando tentava defender a personal trainer Natália Silva, que havia sido roubada minutos antes.
Todas as mensagens falam em linchamento, alguns dizem até que querem amarrar os infratores nus em postes. Já outros, dizem que preferem fugir logo após a agressão. Todos concordam em esconder o rosto, usar roupas pretas e esconder tatuagens.
Reincidentes
Quase 70% dos presos em flagrante de roubo e furto em Copacabana, na Zona Sul do Rio, são reincidentes. É o que mostra um levantamento da Secretaria de Governo do Rio com dados entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2023.
No período analisado, foram 70 prisões ou apreensões registradas, das quais 48 eram de suspeitos que já haviam cometido um crime anteriormente. O índice de reincidência é de 68,6%. Ainda segundo a pasta, nove dos suspeitos flagrados eram menores de idade, que foram apreendidos. Os dados foram publicados pela Bandnews FM.
Números da violência
Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), com informações baseadas nas ocorrências registradas na 12ªDP (Copacabana), mostram que, de janeiro a outubro 2023, o bairro teve um aumento significativo nos indicadores sobre roubo e furto em relação ao mesmo período no ano passado. O furto a transeunte teve acréscimo de 56,3% em 1 ano; o furto de celular aumentou de 34,9%; e o roubo de celular avançou em 47%.