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Julgamento da Air France e da Airbus é retomado
Empresas são julgadas por acidente de 2009
Julgamento da Air France e da Airbus é retomado
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 29 de setembro de 2025FacebookTwitterInstagram
Fonte: Divulgação
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O julgamento da empresa Air France e da fabricante Airbus sobre o acidente de 2009, que matou mais de 220 pessoas, será retomado nesta segunda-feira (29), em um tribunal de apelações na França, por homicídio involuntário. Em 2023, ambas as empresas foram absolvidas, em primeira instância.

O acidente aconteceu no dia 1º de junho de 2009, quando o voo AF447, da Air France, caiu no Oceano Atlântico, após decolar do Aeroporto Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Paris, na França. Ao todo, 228 pessoas morreram, incluindo um casal de Niterói, Bianca e Carlos Eduardo, que tinham acabado de se casar e iam passar a lua de mel na Europa.

O avião era um A330, da Airbus, e contava com passageiros de 33 nacionalidades, sendo 58 brasileiros.

Apesar de ter reconhecido sua responsabilidade civil, um tribunal francês de instâncias inferiores absolveu a Air France e a Airbus do crime de homicídio involuntário, em 2023, quase 14 anos após o acidente. O julgamento apontou “falhas” das empresas, mas não demonstrou "nenhum vínculo causal definitivo".

A Procuradoria-Geral recorreu da decisão e um novo julgamento, que deve durar dois meses, começa nesta segunda-feira (29). Cada empresa pode ser multada em 225.000 euros (263.000 dólares ou 1,4 milhão de reais).

Apesar de alguns corpos terem aparecido alguns dias depois do acidente, a fuselagem do avião só foi encontrada dois anos depois, em uma profundidade de quase 4 mil metros do oceano.

De acordo com informações das caixas pretas, os pilotos, desorientados pelo congelamento das sondas de velocidade Pitot no meio da noite, não conseguiram interromper a queda da aeronave, que ocorreu em menos de cinco minutos.

Das 489 partes civis presentes no julgamento de primeira instância, 281 aderiram ao recurso neste caso.

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