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Inflação desacelera, mas sobe 0,43% em abril
Alimentação e saúde foram os principais motivos da alta
Inflação desacelera, mas sobe 0,43% em abril
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Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 09 de maio de 2025FacebookTwitterInstagram
FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (9), os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. A inflação do mês de abril foi de 0,43%, uma desaceleração em relação ao mês de março, quando o índice foi de 0,56%.

Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e bebidas (0,82%) exerceu o maior impacto no índice, com 0,18 ponto percentual (p.p.). Destaque também para Saúde e cuidados pessoais (1,18%), com impacto de 0,16 p.p. Já o grupo Transportes (-0,38%) foi o único a registrar queda, influenciando a taxa em -0,08 p.p.

O acumulado dos últimos 12 meses subiu de 5,48% em março para 5,53% em abril, bem acima do teto da meta (4,5%) estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No ano, o IPCA acumula alta de 2,48%. Em abril de 2024, a variação havia sido de 0,38%.

O grupo Alimentação e bebidas desacelerou de 1,17% em março para 0,82% em abril. A alimentação no domicílio registrou alta de 0,83% e a alimentação fora do domicílio, 0,80%. Contribuíram para esse resultado as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No lado das quedas, destaca-se o arroz (-4,19%).

“O grupo alimentação é o de maior peso no IPCA, por isso, mesmo desacelerando, exerce impacto importante. Em abril, observamos também um maior espalhamento de taxas positivas no grupo, com índice de difusão passando de 55% para 70%, porém, envolvendo subitens de menor peso”, explica Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

Já no outro principal motivo pela alta, o grupo Saúde e cuidados pessoais (1,18%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (2,32%), que exerceram o maior impacto positivo individual no índice geral (0,08 p.p.). Segundo Gonçalves, “o resultado é explicado pela autorização de reajuste de até 5,09% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março”. Influenciaram também os aumentos nos itens de higiene pessoal (1,09%).

No lado das quedas, o grupo Transportes (-0,38%) foi influenciado pela queda da passagem aérea (-14,15%), que exerceu o principal impacto negativo no IPCA de abril (-0,09 p.p.), e dos combustíveis (-0,45%). Todos os combustíveis vieram com variação negativa em abril: óleo diesel, com -1,27%; gás veicular, com -0,91%; etanol, com -0,82%; e gasolina, com -0,35%. O gerente destaca que “houve redução no preço do óleo diesel nas refinarias a partir de 01/04. No caso do etanol, houve avanço na safra”.

O grupo Vestuários (1,02%) e despesas pessoais (0,54%) também apresentaram alta no IPCA de abril.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em abril. No ano, o acumulado é de 2,49% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%, acima dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2024, a taxa foi de 0,37%.

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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