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Índice Nacional da Construção Civil fecha 2022 com alta de 10,9%
Índice Nacional da Construção Civil fecha 2022 com alta de 10,9%
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 11 de janeiro de 2023FacebookTwitterInstagram
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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) fechou 2022 com elevação de 10,9%. É a segunda maior taxa desde 2014. Em relação ao ano anterior, quando ficou em 18,65%, houve recuo de 7,75 pontos percentuais.

Contribuiu para o resultado a taxa de dezembro, que apresentou variação de 0,08%, ficando 0,07 ponto percentual abaixo da de novembro. Naquele mês, a alta de 0,15% foi o menor índice de 2022 e manteve a tendência de desaceleração no ano. Os dados foram divulgados ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, chamou a atenção para o fato de que mesmo com o resultado de dezembro sendo bem menor que a taxa dos meses anteriores, o acumulado em 2022 ficou abaixo apenas do que foi captado em 2021, com taxa de 18,65%, e pouco acima de 2020, com 10,16%. “Mesmo com quedas recorrentes desde julho, o acumulado no ano ainda tem influência das altas captadas no momento atípico de pandemia”, afirmou.

O custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado, que é medido pelo Sinapi, subiu para R$ 1.679,25 em dezembro. Desse valor, R$ 1.001,20 correspondem aos materiais e R$ 678,05 à mão de obra. Em novembro, o custo ficou em R$ 1.677,96.

Segundo o IBGE, a parcela dos materiais que apresentou estabilidade em novembro (0,01%) e outubro (0,04%) teve alta de 0,07% em dezembro. Se considerado o índice de dezembro de 2021, houve queda de 0,69 ponto percentual. Com apenas um reajuste anotado, a parcela de mão de obra avançou 0,08%, ainda assim a menor do ano, sendo também um recuo de 0,27 ponto percentual em relação a novembro, quando ficou em 0,35%.

No acumulado do ano, os materiais atingiram 10,02%. A parcela do custo com mão de obra foi mais elevada e alcançou 12,18%. Em 2021, a parcela dos materiais fechou em 28,12% e a mão de obra em 6,78%.

O gerente do Sinapi destacou que nos últimos meses de 2022, as variações na parcela dos materiais foram com taxas mais próximas às captadas em anos anteriores à pandemia, enquanto 2020, 2021 e os primeiros meses de 2022 sofreram mais fortemente o impacto da situação. No caso da mão de obra, os acordos coletivos influenciaram os resultados. “Em 2022, acordos coletivos passaram a repor os salários das categorias profissionais do segmento da construção civil, que tiveram poucos ganhos nos anos da pandemia. Além disso, o aumento da inflação, base para a reposição dos salários nos dissídios, acabou influenciando os valores acordados”.

Regiões - A maior variação regional em dezembro foi no Norte (0,67%), que registrou avanço em seis dos sete estados. Nas demais regiões, houve quedas de 0,04% na Nordeste e de 0,09% na Sudeste, enquanto tiveram altas o Sul (0,32%) e o Centro-Oeste (0,21%).

Os custos regionais, por metro quadrado, ficaram em R$ 1.697,69 no Norte; R$ 1.560,52 no Nordeste; R$ 1.735,03 no Sudeste; R$ 1.761,89 no Sul e R$ 1.722,72 no Centro-Oeste. A maior taxa para o último mês do ano foi no Piauí que apresentou 2,64%. No acumulado do ano, a taxa alta foi em Mato Grosso (20,52%), que também ficou com a maior taxa no acumulado da parcela dos materiais (22,39%).

BOLSONARISTAS FICAM FORA DO JOGO ELEITORAL

A morte de Vargas favoreceu o trabalhismo nacionalista. Tornando-se vítima de uma facada em Juiz de Fora, o capitão Bolsonaro teve fortalecida a sua possibilidade de chegar ao Governo. Lula, preso e sem poder participar das eleições de 2018, voltou à Presidência como vítima de uma injusta condenação e como “sem teto”, não podendo assumir o Sítio de Atibaia e nem a cobertura no Guarujá.

Tudo indicava Bolsonaro como detentor de grande vantagem para voltar ao poder em 2026, já que Lula prometeu não aspirar a reeleição e seu bloco de apoio é formado por um leque de presidenciáveis: Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Flávio Dino, Wellington Dias e Ruy Costa.

O bloco bolsonarista poderia contar com Tarcísio Freitas (São Paulo) e Sérgio Moro (Paraná). A maioria dos governadores eleitos pelos bolsonaristas não poderá aspirar uma segunda reeleição.

A terceira via poderia ter nomes como Simone Tebet, Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.

Debandada política

O governador fluminense, Cláudio Castro (PL) adotou medidas contra os vândalos de Brasília e caminha para uma aproximação com o esquema de Lula.

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, já expressou a necessidade de um bom relacionamento com o Governo Federal, notadamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seu concorrente na eleição de 2022.

O governador de Brasília, Ibaneis Rocha, foi punido pelo STF. Acusado de omissão e até de apoio aos vândalos, foi afastado do cargo por 90 dias.

Muitos deputados engajados no esquema do ex-presidente e que venceram dificuldades eleitorais ante a rejeição de Bolsonaro, agora estão em situação pior porque a pecha de bolsonarismo passou a ser sinônimo de vandalismo, marca fatal para quem quer falar em democracia e participação popular.

Efeito municipal

No ano que vem haverá uma reviravolta nas eleições municipais. O bolsonarismo está mais enfraquecido junto à opinião pública e à possível ascensão dos políticos confiantes em realizações locais através do novo Governo Federal, com sua poderosa máquina politica.

O apoio do poder maior mudará de lado.

Aqui no RJ, o bolsonarista, general Pazzuello, eleito deputado federal com  ampla votação, corre até o risco de ausência total na próxima eleição.

Divisão militar

As Forças Armadas também sofrem com divisões internas e quebras de disciplina.

Estiveram divididas diante da opção nacional pelo “Petróleo é nosso”, estavam divididas na tentativa de impedir a posse de Juscelino Kubtscheck em 1955, quando o general Teixeira Lott, afastou dois presidentes interinos e assegurou as posses de Juscelino e Jango nos cargos para os quais foram eleitos.

Não estavam unidas quando o general Olímpio Mourão saiu com sua tropa de Minas Gerais em direção ao Rio, em 31 de março de 1964.

Membros das Forças Armadas estão sujeitos à investigações do “duro” ministro do STF, Alexandre  de Moraes, cuja  atuação faz lembrar a audácia do general Lott.

O capitão Bolsonaro pressionou os militares de hoje na tentativa de apoio ao seu plano golpista. Não teve êxito. Muitos militares de alta patente almejaram o golpe, mas não encontraram a unidade desejada.

Há muita coisa a ser apurada na desenhada caça às bruxas, já iniciada.

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