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Profissionais de saúde de cinco hospitais federais do Rio de Janeiro deflagraram uma greve nesta quarta-feira (15), por tempo indeterminado, contra a privatização dessas unidades. Além disso, os servidores também pedem reajuste salarial.
A greve foi aprovada em uma assembleia no último dia 6 de maio, após o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindprev) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, não chegarem a um acordo no encontro em Brasília.
A paralisação afeta os atendimentos nos hospitais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, dos Servidores do Estado e Ipanema, que mantém os serviços apenas para pacientes mais graves e casos emergenciais.
Além do cancelamento do plano de fatiamento e privatização, a greve tem uma lista de reivindicações apresentadas tanto para a ministra Nísia quanto para os ex-ocupantes do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alexandre Telles e Cida Diogo, e para a coordenadora-geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, Etel Matielo.
“Entre as reivindicações estão o fim do desmantelamento da rede e a previsão de verbas do orçamento, de modo a prover as unidades das condições para prestar um atendimento digno à população, e realização de concurso público para cobrir o déficit de pessoal, hoje em torno de 60%.” Disse o Sindprev, através de nota.
Os servidores exigem ainda a transferência para a carreira da Ciência e Tecnologia; o cumprimento do acordo de greve de 2023; o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo e do piso da enfermagem em valores integrais; e a prorrogação de todos os Contratos Temporários da União (CTUs) até a realização de concurso público que cubra o déficit de pessoal. Outra reivindicação, de caráter geral, é o reajuste linear em índice que recomponha o efetivo poder de compra dos salários.
Foi aprovado em assembleia dos servidores, dia 9 de maio, que durante a greve estarão suspensas as cirurgias eletivas; o mesmo em relação às consultas e exames eletivos não oncológicos.
Porém, continuarão funcionando os serviços de hemodiálise, diálise, quimioterapia, oncologia, cirurgias oncológicas, trocas de sonda, de curativos de queimaduras, cirurgias e atendimentos de emergência e urgência, serviços de maternidade, serviços de atendimento a pacientes especiais, transplantes e ambulatório de TAP. Além disso, as unidades devem funcionar com 30% de seu dimensionamento de pessoal, para atender às demandas desses setores.
Procurado, o Ministério da Saúde enviou uma nota em resposta, reforçando o compromisso de manter o diálogo, mas a orientação é que seja mantido o funcionamento pleno das unidades. A nota completa pode ser vista neste link.