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Homens e mulheres da Bíblia, hoje e sempre
Homens e mulheres da Bíblia, hoje e sempre
Foto do autor Dom José Francisco Rezende Dom José Francisco Rezende
Por: Dom José Francisco Rezende Data da Publicação: 03 de julho de 2024FacebookTwitterInstagram

No seu livro “Sobre o Céu e a Terra”, o Papa Francisco faz questão de ressaltar o quanto Deus quis e quer o mundo, e como Deus considera a bondade que existe no mundo, apesar de todas as maldades causadas pelo pecado. Na página de abertura da Bíblia, logo no primeiro capítulo do livro do Gênesis, o autor sagrado afirma seis vezes que Deus considerou bom a tudo o que fez (Gn 1, 10.12.18.21.25.31). Mas, observe: o fato de o autor ter mencionado seis vezes – e não sete, como era de se esperar – indica que há imperfeições no mundo. Sete seria o número perfeito. Seis é o número do quase perfeito. Há um “quase”! Falta uma demão de tinta na criação do mundo. Deus deixou a você a tarefa de dar essa demão de tinta. Você também é convocado a participar como cocriador.

É isso que vamos observando nas belas narrativas da criação da Bíblia: como viveram e atuaram os homens e mulheres dos quais aquelas páginas se ocuparam. Mas o último gesto narrado no livro do Gênesis não significa que Deus parou de criar. A última palavra do Apocalipse não significa que Deus deixou de falar. Ele cria e fala, agora, através de mim e de você. Deus não desistiu de criar e de falar com o homem e pelo homem.

Você também, meu amigo, minha amiga, é chamado a ser um cocriador e porta-voz do projeto de Deus Criador. Você topa responder a esse chamado e, seguindo a Jesus Cristo, percorrer a trilha por onde Ele lhe levar? Então, pise firme nas pegadas que foram deixadas. E não se esqueça de Lhe pedir: “Senhor, não desista de mim. Se eu me perder, como ovelha, procurai-me” (Salmo 119,176).

Dom José Francisco Rezende é arcebispo da Arquidiocese de Niterói.

Foi ordenado sacerdote no dia 10 de novembro de 1979. Especializou-se em teologia espiritual pelo Pontifício Instituto Teresianum, de Roma (1987-1989). Em 2011, o Papa Bento XVI o nomeou arcebispo da Arquidiocese de Niterói. Dom José recebeu o pálio das mãos do próprio Papa.

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