Acusado de espancar e ameaçar de morte um homem, Odirlei Corrêa de Carvalho foi preso na noite de segunda-feira (22), em Itaboraí. De acordo com a delegada Norma Lacerda, titular da 71ª DP (Itaboraí), ele e dois comparsas são acusados de agredir severamente com pauladas e ameaçar matar Antônio Gilson Carneiro Silva após a vítima se negar a contratar trabalhadores da Favela da Reta.

O crime aconteceu no dia 18 de junho, na Avenida 22 de Maio, a principal do município, próximo a delegacia de Itaboraí. Por conta da violência, a Antônio precisou se submeter a cirurgias para que pudesse voltar a ter uma vida normal.

Segundo a delegada, Odirlei foi identificado a partir de levantamento de câmeras como sendo um dos autores do crime, apesar de estar com o rosto coberto nas imagens. O veículo usado pelo trio na ocasião também foi identificado.

Ele já tinha trabalhado na Toyo Setal, empresa de implantação de empreendimentos industriais que funciona no Gaslub, antigo Comperj. Já Antônio era o supervisor, então passava pela mão dele a indicação e contratação das pessoas.

"O Odirlei queria que o Gilson contratasse pessoas da Favela da Reta que ele pudesse indicar. Algumas foram contratadas. Eram pessoas honestas, trabalhadoras. Mas o Odirlei achou que as contratações tinham que ser além das que eles pediam. E o seu Gilson simplesmente entendeu que estava passando do limite, até porque as firmas contratam na medida que o trabalho tem para ser feito. Quando o trabalho acaba, elas encerram o contrato e dispensam as pessoas. E ele (Odirlei) levou para o lado pessoal e agiu dessa forma", explicou Norma Carneiro.

Após a investigação, a delegada solicitou a prisão do acusado, tendo o pedido aceito pela 2ª Vara Criminal de Itaboraí, que expediu o mandado. Após cruzamento de dados, ela e sua equipe localizaram e prenderam Odirlei na Rua 29, no Parque Industrial.

Além disso, a Justiça expediu mandado de busca de apreensão. Na casa do acusado, os policiais encontraram o carro usado na ação criminosa. Norma Carneiro informou que as investigações prosseguem para identificar os outros dois elementos. Já Oridlei será transferido para o sistema prisional, onde aguardará julgamento.