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Histórias e histórias que dão pautas no dia-a-dia
Histórias e histórias que dão pautas no dia-a-dia
Foto do autor Mário Sousa Mário Sousa
Por: Mário Sousa Data da Publicação: 21 de setembro de 2024FacebookTwitterInstagram

Ser jornalista nos leva a estarmos atentos no dia-a-dia, no que acontece em nossa  cidade, no estado, no país e no Mundo, às vezes, a notícia está próximo ao nosso calcanhar. 

Na linguagem jornalística, é preciso se apropriar dos fatos nos apropriamos do fato e transformá-los em notícia. Isto é  bem diferente do mundo online onde as  fake news são construídas e amplamente divulgadas. 

A velocidade do tempo e as mudanças tecnológicas da mídia  online, através de suas plataformas, fazem de um acontecimento  um produto  descartável, sem nenhum compromisso com a ética, com a verdade e com a democracia. Inúmeras pessoas brincam de comunicação com “informações” sem fundamento, sem nenhuma responsabilidade social,  crítica e ética. 

Além da tecnologia, que transformou a “mídia online” numa babel de grosserias e banalidades, a tresloucada  ação do Superior Tribunal Federal  (pois não há como entender e mensurar esta decisão) de  acabar com o diploma universitário de Jornalismo, transformou  o universo do jornalismo nesta terra arrasada,  sem regras, sem  critérios do saber  jornalístico.

O jornalismo sempre foi um organismo vivo (ainda é dentro do possível) com fatos apurados, analisados, checados, ás vezes críticos, outras só informativos, gerando surpresas, elogios, revoltas,  elogios, choros, gargalhadas, gritos, silêncios e até processos na Justiça.

Parece não haver mais tempo nem para o sim,  nem para o não! Tudo passa  rápido!  Tudo parece ser descartável, ignorado ou deturpado. Por isto apresento cinco fatos  recentes que talvez não signifiquem nada para alguns,  mas fazem parte de uma reflexão sobre a vida e o jornalismo.

Há pouco tempo, perdemos o talentoso  Sérgio Mendes, o músico que saiu do bairro Ingá, passou pelo Petit Paris, na Praia de Icaraí; pelo  Beco das Garrafas (Copacabana) e popularizou a Bossa Nova no mundo. A última vez que esteve em Niterói, nos anos 60, realizou  um concerto beneficiente no Teatro Municipal, registrado pelo mestre Carlos Ruas, que aos 94 anos, continua ativo como destacado memorialista.

Mudando para o  extremo, na cidade do  Rio de Janeiro,  no meio desta guerra sem controle de violências, um aluno de 8 anos, numa escola municipal, chegou tremendo para a professora e disse que estava com muito medo.

- Professora estou com muito medo!
- Medo de quê?
- Vai ter guerra ! Os camuflados vão invadir o morro onde moro!
- Calma! Mas se houver problema, você deita  no chão e fica bem quieto até passar!
- Não, professora , eles vão tirar a UPP porque está atrapalhando o tráfico. Vai ser bandido contra alemão, aqueles que usam roupas camufladas.

Pontuo outro fato, também no Rio de Janeiro, com a ,  estreia do  musical sobre a vida de Ismael Silva, compositor  nascido em Niterói, que criou a primeira escola de samba do País, a Deixa Falar. Nasceu em Jurujuba e sua casa iria se tornar  o Museu do Samba, mas  não existe mais.

No centro de Niterói, próximo a OAB, um casal, um casal moradores de ruas, próximo a OAB, na Avenida Amaral Peixoto, discutia aos gritos.

- Você é bandido, cracudo!
- Cracuda é você sua FDP. Você é uma ladra cracuda, fica assaltando as pessoas na rua!Eu sou usuário, não roubo!

Coisas do 1º Mundo!

Na cidade do Rio, um menino perdeu um braço num desastre de ônibus. No momento, passava um motoqueiro que viu o menino todo ensanguentado. Rápido, levou o menino para o hospital. Ficou atônito com a reação do menino, calmo, sem braço. Retornou ao local para achar o braço. Outras pessoas já tinham colocado numa geladeira para possível enxerto. O menino foi operado e está bem e sob observação.

Ainda há vida,  solidariedade e grandeza neste Planeta Terra!

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