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O Governo Federal publicou, no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1), a prorrogação, por 24 meses, do prazo para relicitação da concessão do Aeroporto do Galeão. A medida passa a valer em 12 de agosto.
Segundo a Agência Brasil, a medida é uma decisão do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), órgão do governo que trata de parcerias com a iniciativa privada, concessões e desestatização.
Em 2013, o aeroporto do Galeão foi concedido à iniciativa privada, sendo operado pela Changi Airports International, empresa de Singapura, que passou a deter 51% da estrutura, ficando 49% com a estatal Infraero. A Changi administra cerca de 50 aeroportos em mais de 20 países.
Em fevereiro de 2022, a Changi manifestou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o pedido de devolução voluntária do Galeão à União, com a alegação de que queda de demanda de passageiros provocou desequilíbrio financeiro do contrato de concessão.
No entanto, em outubro de 2023, a empresa de Singapura voltou atrás e encaminhou ofício ao Ministério de Portos e Aeroportos, à Anac e ao CPPI, no qual explicita o interesse em permanecer na operação. Mas para o recuo ser aceito, era preciso do aval do Governo Federal, decisão que não foi tomada até o momento.
Em maio de 2024, o Aeroporto do Galeão apresentou o maior crescimento no número de passageiros, entre os terminais do Brasil. Segundo o Ministério do Turismo, o Galeão dobrou a frequência de passageiros, saltando de 489,5 mil pessoas em maio de 2023, para mais de 1 milhão este ano, na soma de embarques e desembarques de voos nacionais e internacionais.
Com isso, o aeroporto saltou da 10ª posição para 4ª entre os aeroportos mais movimentados do país. Tal aumento se deve ao remanejamento de voos do Santos Dumont para o Galeão, uma das iniciativas capitaneadas pelo Ministério do Turismo, para a retomada do protagonismo do terminal aeroviário.