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Governo federal lança programa que pretende diminuir filas de hospitais
Qualquer ente privado pode participar do programa
Governo federal lança programa que pretende diminuir filas de hospitais
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 04 de julho de 2025FacebookTwitterInstagram
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo federal lançou o programa Agora Tem Especialistas, com o objetivo de reduzir a fila de espera por atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa, feita em parceria com estados e municípios, permite que hospitais, clínicas e empresas privadas ou filantrópicas se credenciem para oferecer serviços como consultas, exames e cirurgias à população usuária do SUS. O foco inicial está em seis especialidades: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que qualquer entidade privada pode participar, desde que esteja regular com a União. Como contrapartida, os estabelecimentos receberão créditos tributários. A expectativa é que os primeiros atendimentos ocorram já em agosto.

Coordenado por Rodrigo Oliveira, o programa visa realizar 1.300 procedimentos com apoio da rede privada. Entre as estratégias estão a ampliação dos turnos nos hospitais públicos, uso de unidades móveis em regiões remotas e mutirões aos fins de semana. O primeiro mutirão será neste sábado (5), organizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e envolve os 45 hospitais universitários da rede. Estão previstas mais de mil cirurgias, 5,6 mil exames e 1,2 mil consultas, com novas ações programadas para setembro e dezembro.

O credenciamento de prestadores pode ser feito em três modalidades:

Contratação direta por estados e municípios: Com orçamento de R$ 2 bilhões anuais, os gestores locais poderão escolher, a partir de uma “matriz de oferta”, os serviços que desejam contratar com base na demanda regional.

Refinamento da rede pública existente: Com R$ 2,5 bilhões por ano, serviços privados serão contratados para reforçar a capacidade de unidades públicas, oferecendo infraestrutura, profissionais, equipamentos e até atendimentos por telessaúde.

Unidades móveis: Serão contratadas 150 carretas adaptadas para consultas, exames e pequenas cirurgias, com investimento de R$ 1 bilhão. A meta é realizar 4,6 milhões de consultas, 9,4 milhões de exames e 720 mil cirurgias, especialmente para populações em áreas isoladas, como comunidades indígenas e quilombolas.

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