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Foi muito comovente acompanhar os pronunciamentos dos dirigentes do mundo, em seus variados vieses políticos, a respeito do que foi e sempre será o Papa Francisco: um homem bom.
Todos enfatizaram o quanto ele conhecia a realidade dos países por eles representados e o quanto se sentiam queridos por ele.
Foi igualmente comovente o cuidado que tiveram com a menção aos católicos por terem perdido um pai espiritual.
Antonio Gutérres, secretário da ONU, disse que “Ele foi uma voz transcendente pela paz”. Também salientou a humildade de como ele se colocava diante do mundo, e o quanto mundo aprendeu com isso. Disse que o papa havia sido “um homem de fé para todas as fés”.
Donald Trump disse que havia ordenado todas as bandeiras a meio-mastro em honra ao pontífice, e acrescentou: “Ele foi um homem bom, trabalhou duro, e é uma honra fazer isso”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou que esteve com o papa em várias ocasiões, e o quanto pode sentir sua preocupação com a Rússia e todos os outros países. Ele contou uma história comovente que entre os Ortodoxos existe a tradição de que (em suas palavras) “quando Deus chama para si alguém nos dias da Páscoa, isso é sinal de que essa pessoa não viveu sua vida em vão”.
Emmanuel Macron, presidente da França, salientou o quanto o Papa Francisco amava a França. Disse que havia estado com ele na Córsega há apenas algumas semanas. Salientou também, longamente, o quanto o papa “sempre esteve ao lado dos vulneráveis, com humildade e um senso de empatia tocante; isso era para ele (Macron) absolutamente importante nesses tempos de guerra e brutalidade”.
“O Papa Francisco foi um humanista” – disse Claudia Sheinbaum, presidente do México – um homem próximo dos outros homens, ainda mais, os humildes. Essa era uma perda dolorosa. E que “apesar do México ser um estado laico, sempre o Papa Francisco foi defendido por seu humanismo e seu compromisso com os mais humildes”.
Em nome do governo da Espanha, o ministro Félix Bolaños, “lamentou a morte de um homem bom”.
Uma voz difícil de ouvir quis “usar desta tribuna para expressar minhas mais profundas condolências ao mundo cristão, e aos católicos da Terra Santa, pelo falecimento de sua santidade o Papa Francisco. Vocês e eu somos pessoas de fé, e compartilhamos a mais profunda esperança de que sua memória inspire atos de bondade e união, diálogo e esperança para a humanidade” – declarou Isaac Herzog, presidente de Israel.
Esmail Baqaei, porta-voz do ministério das relações exteriores do Irã, expressou condolências a todos os cristãos do mundo e a todos “os monoteístas” pelo falecimento do Papa Francisco, pedindo a Deus que lhe conceda paz.
Para Prabowo Subianto, presidente da Indonésia, “o mundo perdeu um exemplo de compromisso com a paz, a humanidade e a fraternidade”. Lembrou que a visita do Papa Francisco a Jacarta havia “deixado no coração de todos os indonésios a mensagem de simplicidade, pluralismo e solidariedade com os mais pobres, além da sua compaixão com todos os outros. Que ele servirá para sempre de modelo para todos nós”
Também o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, disse que os australianos e os católicos do mundo todo agradecem pela vida do Papa Francisco, Bispo de Roma. Salientou que “hoje as orações de mais de um bilhão de pessoas de todas as nações e de todos os caminhos de vida acompanham o Papa Francisco em seu descanso. O primeiro papa do hemisfério sul era próximo do povo australiano. Para os australianos, ele foi um defensor dedicado e um pai amoroso e que todas as bandeiras da Commonwealth estariam a meio-mastro em respeito”.
Gabriel Boric, presidente do Chile, expressou condolências pelo falecimento do papa: “o Padre Bergoglio, o Papa Francisco foi um homem comprometido com a justiça social, que lutou durante toda sua trajetória contra as injustiças do mundo, e que ele havia pensado tanto nos fiéis quanto naqueles que sofrem, sempre ao lado dos pobres do mundo, e que manteve sempre os olhos do mundo voltado para as Américas. Ele deixa um vazio imenso para toda Igreja”.
Cada um a seu modo, e de acordo com suas convicções próprias, expressou sua nota de pesar. Desde muito, não se via o quanto o mundo se referia a um papa como um homem bom.