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Quarta-feira, 31 de julho de 2024. Um dia histórico para o Clube de Regatas do Flamengo.
O clube rubro-negro venceu o leilão do terreno do Gasômetro para a construção do seu estádio.
O local foi arrematado pelo valor de R$ 138,195 milhões, o lance mínimo.
O evento chegou a ser ameaçado na noite desta terça-feira (30), com uma liminar que suspendia o leilão, mas a Prefeitura conseguiu derrubar a suspensão na manhã desta quarta-feira (31) e o evento aconteceu como previsto, no auditório do CASS.
O leilão foi dividido em três partes: credenciamento, análise da proposta financeira e divulgação do resultado.
O Flamengo, na figura do presidente, Rodolfo Landim, e do vice-presidente geral, Rodrigo Dunshee, foi o único candidato a participar da disputa.
Com a candidatura rubro-negra aprovada, o leiloeiro Marcos Vinicius seguiu para a proposta financeira do clube.
A análise foi breve. Era possível ver Rodolfo Landim emocionado ao entregar os documentos.
Com o anúncio que a proposta do Flamengo se enquadrava no edital, o auditório, lotado de jornalistas, membros da diretoria rubro-negra e torcedores do Flamengo, foi ao delírio, comemorando como se fosse um gol da equipe.
Ao som do hino do Flamengo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tomou o palco do auditório para homologar o resultado.
O prefeito chegou a brincar que se não parassem de cantar o hino, ele iria embora sem confirmar a compra.
Eduardo Paes, Rodolfo Landim e o deputado federal Pedro Paulo bateram o martelo juntos, que sacramentou uma das maiores vitórias do Flamengo fora dos gramados.
Sem concorrentes, o Flamengo pode arrematar o terreno de sua futura casa pelo valor mínimo, de R$ 138,195 milhões.
Após o resultado, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a desapropriação e o leilão seguiram todos os trâmites legais.
O Flamengo deve depositar o valor a vista para a Prefeitura dentro de cinco dias, que por sua vez vai repassar para o antigo dono do terreno, o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, que é administrado pela Caixa Econômica Federal.
Caso o Fundo não aceite o resultado da desapropriação, o que tudo indica ser o caso, a Prefeitura depositará o valor em juízo até que os trâmites judiciais sejam resolvidos.
Segundo o vice-presidente geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee, a expectativa é que o clube tenha posse do terreno ainda este ano.
Landim afirmou que esse foi apenas o primeiro passo para a construção do estádio.
A previsão inicial é que a nova arena seja inaugurada no aniversário de 134 anos do clube, no dia 15 de novembro de 2029, mas o presidente ainda arriscou dizer que o projeto pode ser adiantado para 2028.
O presidente disse que o projeto que o Flamengo tem ainda é conceitual, que a partir de agora que a parte técnica será feita, mas ele estima um valor de R$ 1,5 a R$ 2 bilhões de reais para a finalização do estádio.
Landim ainda pediu para torcida não nomear a nova casa, alegando que a venda dos “Naming Rights” serão verba importante.
Falando em verba, o prefeito Eduardo Paes ainda falou sobre a liberação do potencial construtivo da Gávea, o que deve gerar renda para a construção do estádio, tal qual foi feito com a reforma de São Januário. Landim chegou a brincar dizendo que o prefeito disse que “essa verba é carimbada, não é para trazer reforço”.
A briga judicial parece longe de acabar, com a Caixa não reconhecendo o resultado, mas é inegável que o Flamengo deu um passo importante na realização do maior sonho da torcida.