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Firjan critica aumento da taxa Selic
Banco Central elevou juros após reunião do Copom nesta quarta-feira (7)
Firjan critica aumento da taxa Selic
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 08 de maio de 2025FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução

O recente aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano, tem gerado reações por parte do setor industrial. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou preocupação com os possíveis impactos da decisão sobre a atividade econômica, especialmente na indústria, e sobre a competitividade do Brasil no cenário global.

De acordo com a entidade, os juros em níveis elevados já representam uma restrição relevante ao crescimento econômico. A Firjan observa que a indústria brasileira encerrou o primeiro trimestre do ano praticamente estável, em um contexto de desaceleração no mercado de trabalho e inflação ainda distante da meta estabelecida pelas autoridades monetárias.

O cenário internacional, marcado por incertezas como conflitos geopolíticos e tensões comerciais, também é apontado pela Firjan como um fator de instabilidade que exige prudência na condução da política monetária. Para a federação, a manutenção de uma taxa Selic elevada pode agravar dificuldades estruturais do país, como o alto custo de produção e a perda de dinamismo industrial.

A entidade destaca ainda que o desequilíbrio fiscal continua sendo um obstáculo para uma possível redução sustentada dos juros. Nesse sentido, reforça a necessidade de uma reforma fiscal ampla e estrutural, além da implementação de políticas públicas voltadas à inovação, melhoria da infraestrutura, qualificação do capital humano e redução de entraves à produção.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A elevação da taxa visa conter a alta dos preços.

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,49%, acima do limite da meta de inflação, de 3% ao ano, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, entre 1,5% e 4,5%. Essa foi a sexta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde agosto de 2006, quando também estava em 14,75% ao ano.

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