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Ex-diretor da Abin é alvo de operação da PF contra espionagem
Polícia Federal cumpre mandados em três estados, e contra o deputado federal Alexandre Ramagem, que quer ser prefeito do Rio
Ex-diretor da Abin é alvo de operação da PF contra espionagem
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 25 de janeiro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (25), uma operação para investigar a organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de GPS, de dispositivos móveis - como celulares - sem a devida autorização judicial.

Segundo a GloboNews, um dos alvos da operação é o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que liderava a agência no governo Jair Bolsonaro.

Estão sendo conduzidas buscas no gabinete de Ramagem e no apartamento funcional da Câmara que é ocupado por ele. Alexandre Ramagem é um nome ventilado como possível candidato à prefeitura do Rio.

Além disso, policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em 20/10/2023.

As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.

O software comprado pela gestão usava dados de GPS com o intuito de monitorar irregularmente a localização de políticos, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

 

 

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