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Em demonstração de apoio militar ao estado de Israel e de força contra o Hamas, o maior porta-aviões do mundo foi enviado para o mar Mediterrâneo Oriental pelos Estados Unidos. A embarcação USS Gerald R. Ford é a mais avançada da marinha norte-americana.
A embarcação possui 333 metros de comprimento e 77 de largura, com capacidade para carregar 4,5 mil marinheiros, 90 aviões e helicópteros e consegue se deslocar até 30 nós (aproximadamente 55 quilômetros por hora).
Os armamentos da embarcação contam com quatro sistemas de metralhadora MK-38 Mod 2 de 25mm, dois lançadores de mísseis Rolling Airframe, dois lançadores MK-29 ESSM e três Homeport MK-15 20mm Phalanx CIWS.
O porta-aviões foi nomeado em homenagem, ao ainda vivo na época, Gerald Rudolph Ford Jr., 38° Presidente dos Estados Unidos. Gerald foi tenente comandante da marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, atuando em campanhas no Pacífico e Ásiatico, com nove estrelas de campanha e uma medalha.
Em 5 de junho de 1967, se deu início à Terceira Guerra Árabe-Israelense, também conhecida como a Guerra de Seis Dias, e resultou em Israel capturando a Península do Sinai, as Colinas de Golã, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Em 6 de outubro de 1973, uma nova guerra começou para recuperar o território perdido, e no aniversário de 50 anos desse conflito, no dia 6 de outubro de 2023, se deu início a uma nova guerra.
O ataque do grupo extremista Hamas, que atualmente governa a Faixa de Gaza, replicou as táticas usadas por Israel, atacando por ar, mar e terra. O ataque surpresa foi responsável por mais de 1.200 mortos em Israel, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.
A represália aérea em Gaza foi responsável por no mínimo 1.055 pessoas mortas. Ao fugir de volta para Gaza, os militantes afirmaram tomar 150 civis como reféns, ameaçando matá-los caso houvesse represálias.
O navio estava à serviço da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) desde 24 de maio de 2023, em Oslo, na Noruega. No começo de outubro, estava conduzindo exercícios navais com a Marinha Italiana no Mar Jônico e no dia 8 de Outubro de 2023, o secretário de defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, enviou o navio para auxílio das forças de Israel.
Mídia Internacional
A diferença entre a cobertura jornalística ao redor do mundo reflete o posicionamento dos países na guerra.
As mídias árabes reportaram o evento como uma represália do Hamas à Israel, e em exemplos mais neutros, como o da TV Al Jazeera, do Catar, é questionada a atividade de Israel e dos órgãos internacionais e mostra simpatia pelos civis de Gaza, que estão sendo bombardeados pelas forças Israelitas.
Já as mídias norte-americanas estão retratando o evento como uma represália contra um ataque brutal por parte do Hamas. A Fox News está reportando o evento relacionado com política interna do país, afirmando que células dormentes de movimentos extremistas já estão dentro dos Estados Unidos. A CNN tem mostrado simpatia por cidadãos Israelenses mortos nos ataques do Hamas e reportado sobre o suposto papel do Irã no ataque à Israel.
Há anos a região do Oriente Médio é referenciada como um “barril de pólvora”, por interesse internacional na península Arábica e suas guerras regionais, envolvendo complexos sistemas de alianças que se espalham pelo mundo.