Assinante
Entrar
Cadastre-se
O Governo do Rio contará com apoio do Ministério da Justiça para reforçar a segurança, combater o tráfico de armas e recuperar territórios controlados por facções criminosas. A parceria foi anunciada após uma reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) entre o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor dos Santos, e o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo.
"É com bons olhos que a gente vê o Governo Federal vindo aqui, buscando, junto conosco, focar na solução. Os problemas do Rio de Janeiro também são de todas as outras federações. São organizações criminosas tomando territórios, subjugando pessoas, comprando armamentos de guerra, e de grande poderio financeiro", disse o secretário de Segurança do Rio, Victor dos Santos.
A iniciativa visa implementar uma força-tarefa que reunirá diversas forças de segurança para um diagnóstico preciso e ações de curto, médio e longo prazo. A ordem do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é a de fortalecer ações integradas que contribuam para a segurança do Rio de Janeiro.
"Por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, viemos aqui para fomentar ações integradas que possam, efetivamente, trazer resultados para o Rio de Janeiro. A ideia é que nós vamos ter um grupo de trabalho aqui, já em poucos dias, unindo todas as forças de segurança, com a participação da Secretaria Nacional de Segurança Pública, para que se faça um diagnóstico mais específico", afirmou Sarrubo.
Com a proximidade da cúpula do G20, prevista para ocorrer no Rio em novembro, o Governo Federal prepara uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para assegurar a proteção dos participantes.
“A GLO já é uma regra nesses grandes eventos. O país que é anfitrião de um evento tem a responsabilidade de garantir a segurança de todos aqueles que vêm ao seu Estado, ao seu país ou à sua cidade. Então, isso já é previsível, inclusive a decisão de ser um ato do governo federal”, explicou o secretário Victor dos Santos.
O Governo do Estado também solicitará ao Governo Federal o reforço no controle de armas nas fronteiras e uma flexibilização das restrições da ADPF das favelas, que, segundo a Polícia Militar, limitam a atuação policial.
Além disso, foi discutida a necessidade de transferir criminosos de alta periculosidade para presídios fora do estado e de intensificar o patrulhamento em vias expressas, como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, com apoio da Polícia Rodoviária Federal.