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Espécie única de árvore frutífera é descoberta por pesquisadores em Maricá
Árvore, que possui parentesco com a Jabuticabeira, foi encontrada no Monumento Natural Municipal Pedra de Itaocaia
Espécie única de árvore frutífera é descoberta por pesquisadores em Maricá
Foto do autor Gabriel Ferreira Gabriel Ferreira
Por: Gabriel Ferreira Data da Publicação: 19 de agosto de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Divulgação/ INEA
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Uma nova espécie de árvore frutífera foi descoberta em julho deste ano por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro no interior do Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (MONA), em Maricá. 

Esta área, que é uma unidade de conservação municipal localizada nas proximidades do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), tem atraído cientistas de todo o mundo devido à sua rica biodiversidade de espécies nativas da Mata Atlântica. A nova árvore, uma parente distante da jabuticabeira, foi identificada como uma adição significativa à flora da região.

O estudo, conduzido pelos pesquisadores Thiago Fernandes e João Marcelo Braga, revelou que a nova espécie, Siphoneugena carolynae, é a décima terceira do gênero conhecida até hoje. O único exemplar conhecido dessa árvore foi encontrado em uma unidade de conservação. As expedições de campo ocorreram entre 2018 e 2023 no Morro Itaocaia, onde a espécie foi monitorada durante seu ciclo reprodutivo.

A pesquisa foi publicada na revista científica Brittonia, do Jardim Botânico de Nova York, uma das mais prestigiadas no mundo acadêmico. A descoberta está sendo celebrada pela comunidade científica. A árvore mede 7 metros de altura, e embora seja uma espécie recém-descoberta, seu parente mais próximo pertence ao gênero Plínia, o mesmo das jabuticabeiras.

Para Thiago Fernandes, um dos autores do estudo, a descoberta sublinha a importância das áreas protegidas, mesmo as menores, para a conservação de espécies nativas e ameaçadas no estado do Rio de Janeiro:

"Essa nova descoberta é um avanço significativo para o conhecimento da flora da Mata Atlântica, que ainda esconde muitas espécies desconhecidas pela ciência. Além disso, evidencia a importância das áreas protegidas na preservação de espécies raras e com distribuição restrita", afirmou Fernandes.

Darwin já esteve por lá

O naturalista inglês Charles Darwin, durante sua visita ao Brasil, hospedou-se em uma fazenda localizada na área onde a nova espécie foi descoberta. Embora Darwin não tenha descrito essa espécie em sua passagem pela Mata Atlântica, ele ficou profundamente impressionado com a rica biodiversidade da região.

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