A motorista envolvida no trágico acidente que resultou na morte de Wallace de Oliveira Pereira já foi identificada, de acordo com a Polícia Civil. O motociclista de aplicativo morreu após uma colisão com o veículo dela, no dia 29 de abril, na Avenida Almirante Tamandaré, em Piratininga.

De acordo com o delegado titular da 81ª DP (Itaipu), Deoclécio Assis, a motorista já foi intimada a comparecer na delegacia para prestar depoimento.
Familiares do motoboy realizaram mais uma passeata em Niterói, na manhã desta quinta-feira (8). Acompanhados por um advogado, os parentes e amigos de Wallace foram até a delegacia de Itaipu, clamando por providências na apuração do caso e expressando sua indignação pelo fato de não ter sido solicitado o pedido de prisão da condutora.

Contudo, ainda segundo o policial, não estão presentes os requisitos legais para a representação de prisão cautelar da condutora. Além disso, o local do acidente foi alterado, o que inviabiliza a perícia da Polícia Civil.

"O local foi desfeito, inviabilizando a perícia de local no momento do ocorrido. Cabe ressaltar que Wallace não possuía habilitação. E não estão presentes os requisitos legais para a representação de prisão cautelar", afirmou o policial.

Segundo informações preliminares, a motorista do carro tentava realizar um retorno quando colidiu com a moto que seguia em direção à praia. A colisão foi violenta, arremessando o motociclista ao solo, onde ele sofreu sangramentos intensos.

Wallace foi socorrido e levado em estado gravíssimo ao Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia 4 de maio.

O corpo do jovem, que tinha apenas 26 anos e não possuía habilitação, foi sepultado na tarde da última terça-feira (6) no Cemitério São Francisco Xavier, em São Francisco, Zona Sul de Niterói.

Durante o enterro, cerca de 30 pessoas se reuniram para prestar suas últimas homenagens e, posteriormente, realizaram uma manifestação nas proximidades do local do acidente. O protesto foi pacífico e contou com a presença da Polícia Militar para garantir a ordem, embora tenha gerado complicações no trânsito local.

Os familiares de Wallace esperam que as investigações avancem rapidamente e que justiça seja feita em memória do jovem motociclista. A manifestação é um apelo por responsabilidade nas ruas e pela segurança dos motociclistas que diariamente enfrentam perigos nas estradas.

"A gente já tem provas, com vídeos, que mostram exatamente o momento do atropelamento e ela fazendo a manobra errada em desacordo com o código de trânsito", afirmou a advogada da família, Rachel Nasser.