A Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove) repudiou mais um ataque criminoso ao transporte público no Rio de Janeiro.

Um ônibus da Maravilha Auto Ônibus foi incendiado na tarde de segunda-feira (21), na BR101, próximo ao Shopping Itaboraí. O ônibus fazia a linha 048 (Quissamã x Novo Horizonte).

De acordo com a Semove, com esta ocorrência, sobe para 433 o número total de ônibus incendiados desde 2014. Neste período, foram 35 apenas na região de São Gonçalo e 407 na região metropolitana do Rio.

Ainda de acordo com a federação, o custo de reposição desses veículos chega a mais de R$ 368 milhões. Cada ônibus incendiado deixa de transportar até 70 mil passageiros durante seis meses, tempo necessário para a compra e regularização do novo coletivo. Não há seguro para ônibus incendiado.

"A Semove ressalta que colabora com as autoridades de segurança em ações de prevenção e repressão e pede a ajuda da população na identificação dos responsáveis, solicitando que informações sejam encaminhadas ao Disque Denúncia (2253-1177), inclusive de forma anônima pelo WhatsApp", finalizou o comunicado.

Manifestação

Moradores de Itaboraí interditaram a BR-101 na tarde de segunda-feira (21), em um protesto contra a morte de Jalmir Ribeiro de Carvalho, de 22 anos, que havia desaparecido no último sábado (19).

A manifestação ocorreu na pista lateral da rodovia, no sentido Campos, e teve como ato simbólico o incêndio de um ônibus sobre a via.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o coletivo foi queimado, mas não havia manifestantes presentes no momento da chegada das equipes de segurança. O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou ao local por volta das 16h17 para controlar as chamas.

Entenda o caso

O corpo de Jalmir Ribeiro de Carvalho foi encontrado com diversas marcas de perfurações de arma de fogo, na manhã de segunda-feira (21), no bairro de Jardim Itambí. O corpo dele estava em uma área de mata, na posição de bruços, com marcas de tiros.

O jovem estava desaparecido em Itaboraí, após, de acordo com familiares, ter sido sequestrado por homens que o colocaram à força em um carro preto, no bairro Vale do Sol. Jalmir trabalha como atendente em uma loja de bicicletas. Segundo a família, não havia qualquer sinal de ameaça ou envolvimento em conflitos.

A Policia Civil de Itaboraí, onde o caso havia sido registrado anteriormente, no entanto, afirma que ele tem anotação criminal por receptação de celular produto de roubo.

Com a morte, os agentes agora vão prosseguir com os trabalhos de busca por testemunhas e imagens para saber a dinâmica e a autoria do crime. Informações sobre o caso de Jalmir podem ser enviadas de forma anônima ao Disque Denúncia, pelo número 2253-1177.