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Empresários e síndicos de condomínios da região do Centro de Niterói se reuniram na noite desta quarta-feira (25) para um encontro de segurança e ações práticas, realizada no condomínio Tower 2000, que objetiva encontrar uma solução para o aumento da violência e de pessoas em situação de rua na localidade.
A advogada Rosejane Pereira, síndica do condomínio Del Labor, é idealizadora do grupo de debate, que iniciou em maio de 2021. Desde então, segundo ela, as principais demandas são as mesmas.
“A gente vem pleiteando, há um tempo, a melhoria da iluminação justamente para auxiliar segurança, mas não só isso. É importante, por exemplo, que haja uma limpeza mais efetiva. A Clin passa um caminhão com água e sabão, mas é pouco. O cheiro de urina é muito forte. Nosso principal objetivo é uma organizar distribuição de comida, e os locais em que elas se instalam. Temos visto melhoras, mas é pouco”, afirmou ela.
No entanto, esse progresso vai de encontro com a opinião de outros participantes, como é o caso de Henrique Miranda Santos, empresário e síndico de um condomínio na região. De acordo com Miranda, a questão está longe de qualquer melhoria e cobra auxílio do Poder Público.
“A gente se sente deixado de lado. Na porta dos condomínios do centro, as calçadas foram tomadas. São pessoas fazendo suas necessidades, usando drogas, tendo relações aos olhos de todos. Outro dia, invadiram um prédio, foram pela cobertura e roubaram os cabos do para-raio, porque é tudo de cobre. Quer dizer, daqui a pouco, a insegurança é tamanha que vai ter gente entrando pela janela dos prédios”, afirmou.
Márcio Nalin, empresário e morador do centro de Niterói, afirma que o grande objetivo dessas conversas é para que, reunidos, coloquem “o trem nos trilhos”; ou seja, organizar para demandar o Poder Público.
“Sentimos uma total falta de cuidado e abandono do Poder Público, sendo que pagamos bastante alto em impostos e não temos retorno. Cai a noite, o clima de insegurança impera, o que afasta as pessoas. Como ficam os negócios? Como ficam os empresários que precisam vender para gerar empregos?”, disse.
O Major Clímaco, coordenador do Niterói Presente, também compareceu à reunião para esclarecer algumas dúvidas e apresentar resultado dos trabalhos efetuados na Amaral Peixoto e região.
Uma das principais demandas é a possibilidade de o grupo passar a fazer segurança 24 horas na região e não mais das 6h às 22h. Contudo, o militar explicou que, como esse tipo de policiamento é constituído por agentes de folga e de forma voluntária, fica inviável que o policiamento ocorra de forma ininterrupta.