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O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) fechou o ano de 2024 com um crescimento de 12% tanto nos valores arrecadados, quanto nos distribuídos, de direitos autorais, segundo os dados divulgados pelo próprio escritório. De acordo com o levantamento, a arrecadação do ano passou de R$ 1,8 bilhão, enquanto a distribuição foi de mais R$ 1,5 bilhão.
Segundo o Ecad, mais de 345 titulares, entre compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores, foram contemplados em 2024. “O desempenho positivo reflete o esforço da gestão coletiva da música em firmar novos contratos, ampliar a base de usuários e recuperar inadimplências históricas”, disse o escritório, através de nota.
Pela primeira vez, os serviços digitais lideraram a arrecadação entre os segmentos, consolidando uma tendência acelerada pelo consumo de música em streaming. Além disso, em 2024, foram identificadas 6,6 trilhões de execuções em plataformas digitais, impulsionando uma distribuição mais justa e eficiente.
Em paralelo ao avanço tecnológico, o Ecad também destacou que se manteve atento aos impactos da Inteligência Artificial na criação artística, reforçando a importância da proteção aos direitos dos criadores diante das transformações do setor.
O repertório nacional respondeu por 62% dos valores distribuídos. Além disso, o banco de dados de obras musicais cadastradas alcançou 24,8 milhões em 2024, um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Já na arrecadação de direitos autorais, o segmento de Cinema registrou alta de 40% em comparação com 2023, enquanto o segmento de Shows e Eventos cresceu 20%.
“Estamos transformando o Ecad em uma entidade cada vez mais digital, eficiente e orientada a dados, sem perder de vista nossa missão de garantir o pagamento justo aos criadores”, afirma Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.