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Delegado da PF é acusado de facilitar tráfico de armas
Polícia Federal cumpriu 40 mandados e bloqueou R$ 40 milhões em bens de investigados
Delegado da PF é acusado de facilitar tráfico de armas
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 03 de setembro de 2025FacebookTwitterInstagram
Foto: Divulgação/PF
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O delegado federal Gustavo Stteel foi preso pela Polícia Federal numa operação deflagrada nesta quarta-feira (3), que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro ligado à cúpula de uma das maiores facções criminosas do país. A ação também traficantes, políticos e agentes públicos, policiais militares, um ex-secretário municipal e estadual, além do deputado estadual TH Joias, que foi preso nesta manhã em um condomínio de luxo.

Segundo as investigações, a facção criminosa, com atuação no Complexo do Alemão, manteve uma rede de proteção dentro do poder público. O grupo teria cooptado autoridades para garantir impunidade e acesso a informações privilegiadas, além de facilitar o tráfico internacional de armas vindas do Paraguai e a importação de equipamentos antidrones da China, revendidos inclusive para facções rivais.

O delegado teria sido detido durante o plantão da Delegacia da PF no Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador. O superintendente da PF no Rio, Fábio Galvão, afirmou que ele passava informações de para o Comando Vermelho.

Ao todo, foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, além do bloqueio de bens avaliados em R$ 40 milhões. Também foram determinados o afastamento de servidores investigados, a suspensão de atividades de empresas usadas para lavar dinheiro e a transferência emergencial de lideranças do crime para presídios federais de segurança máxima.

O delegado da PF é acusado de atuar em benefício da organização criminosa. Já os policiais militares e o ex-secretário, segundo a investigação, faziam parte da estrutura que permitia à facção infiltrar-se em diferentes esferas da administração pública.

A operação é resultado de uma força-tarefa formada pela PF, Ministério Público Federal, Ministério Público do Rio e Polícia Civil, dentro da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RJ). A ação também integra os esforços da Operação Redentor 2, que cumpre determinações do STF no âmbito da ADPF 635, para reforçar o combate à criminalidade violenta no Rio de Janeiro.

Os investigados poderão responder por organização criminosa, tráfico internacional de drogas e armas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

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