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Defesa Civil usa tecnologia para atuar em eventos extremos
Rede de pluviômetros foi fundamental para alertar a população e coordenar ações de mitigação dos efeitos de fortes chuvas
Defesa Civil usa tecnologia para atuar em eventos extremos
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 15 de janeiro de 2024FacebookTwitterInstagram
Fotos: Divulgação Pref Niterói

Os investimentos da Prefeitura nos últimos anos para tornar Niterói mais resiliente a eventos extremos foram essenciais para minimizar os impactos dos fortes temporais que caíram sobre a cidade entre a última sexta-feira (12) e a manhã deste domingo (14). 

Não houve registro de mortes ou feridos graves, apesar do recorde de chuvas – no domingo, no intervalo de uma hora, choveu 80% do total esperado para todo o mês de janeiro e às 2h15, a cidade, pela primeira vez, entrou em alerta máximo: o mais alto de quatro estágios. 

De acordo com a Prefeitura, a partir dos dados do Sistema de Defesa Civil, foi possível acionar de forma rápida as equipes da DC, limpeza, desobstrução de ralos e de assistência social, para o apoio às famílias atingidas.

Uma das principais ferramentas da Defesa Civil é a rede de estações pluviométricas – atualmente há 30 em funcionamento pela Prefeitura, que se somam a outras 16 do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e a uma do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).  

Essa rede é fundamental para a definição dos alertas divulgados à população e de ações coordenadas de mitigação dos efeitos de fortes chuvas.  

“Os pluviômetros são de extrema importância para a realização do monitoramento dos volumes de chuva no município, dando suporte na tomada de decisão e planejamento nas ações de prevenção e minimização de eventuais emergências”, destaca o coronel Walace Medeiros, secretário municipal de Defesa Civil e Geotecnia. 

“Com uma rede de observação de dados meteorológicos robusta, como a de Niterói, conseguimos observar a diferença de intensidade da chuva, em diferentes bairros da cidade, permitindo uma melhor avaliação da intensidade da chuva, em todo o território, e, assim, empenhar as ações e os recursos nas regiões mais impactadas’.

O pluviômetro é um instrumento que coleta e mede as chuvas. 

Uma chuva de 1 milímetro por minuto é equivalente a 1 litro de água por minuto, em uma área de 1 metro quadrado. 

Por exemplo, a estação meteorológica do Morro do Estado registrou, na meia-noite do domingo (14), 120,2 milímetros, em uma hora; ou seja: mais de 120 litros de água por minuto em uma área de 1 metro quadrado.

“Os pluviômetros estão estrategicamente distribuídos pelo município, proporcionando uma visão abrangente e precisa das condições meteorológicas locais. 

"Com todos esses equipamentos técnicos e meteorologistas, Niterói se consolidou como um dos municípios com mais avançada estrutura de monitoramento meteorológico do país. 

"Toda essa tecnologia é usada em prol da população, por isso é muito importante que os niteroienses confiem nas informações e sigam as recomendações dos profissionais sérios e dedicados da Defesa Civil”, destaca o coronel.

Durante o temporal, os equipamentos registraram chuva muito forte (acima de 50 mm em 1h/12,5 em 15 min) nos seguintes pontos: Morro do Palácio; Morro do Estado; Piratininga; Jurujuba; Morro da Penha; Preventório; Engenho do Mato; Pé Pequeno; Rio do Ouro; Boa vista; Várzea das Moças; Coronel Leôncio; Bairro de Fátima; Morro do Bumba; Cavalão e Maravista; além chuva forte em outros pontos como Barreto; Travessa Beltrão; Itaipu; Caramujo; Sapê; Tenente Jardim; Morro do Castro; Igrejinha; Bonfim e Santa Bárbara.

No Morro do Estado, em 24h, entre sábado e domingo, o volume foi de 192,6 milímetros. 

O Inmet considera como média de volume para janeiro em Niterói 147,1 milímetros. 

Os índices variam para cada estação, porque o volume de chuva não é igual para toda a cidade. 

Em Piratininga, o acumulado de 24h atingiu 148 milímetros, enquanto no Pé Pequeno foi de 143,4 milímetros.

Já a estação da prefeitura no Barreto - na mesma região da estação do Inmet em funcionamento na cidade - registrou chuva menos intensa: às 23h30 de sábado, o pico atingiu 28,4 milímetros. 

O equipamento do Inmet, à meia-noite, captou 31 milímetros. A mesma estação do Inmet, cujos dados estão disponíveis em plataforma pública na internet, totalizou um volume acumulado em 24h (das 9h de sábado às 9h de domingo) de 96,8 milímetros.

Temporal

No total, a Defesa Civil foi acionada para 21 ocorrências de deslizamentos. Um total de 69 pessoas ficaram desalojadas. 

Todas estão sendo atendidas por equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social. 

Houve deslizamentos de encosta nas regiões do Boa Vista; Bonfim; Cavalão; São Francisco; Morro da Penha; Engenhoca; Caramujo; Barreto; Largo da Batalha; Cubango; Bairro de Fátima e Viçoso Jardim.

Precisaram ser acionadas, na noite de sábado e na madrugada de domingo, as sirenes do Morro do Estado; Morro da Penha; Boa Vista; Jurujuba; Cavalão; Preventório; Travessa Beltrão e Morro do Palácio. 

Moradores dessas áreas foram orientados a se deslocarem para pontos de apoio com ajuda de voluntários e lideranças dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs).

Ainda foram registradas 21 ocorrências de queda de árvores, todas atendidas pelo Corpo de Bombeiros e por equipes da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser).

Desde sexta (12), funcionários da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin), da Seconser e da Nittrans estão nas ruas da cidade para mitigar os efeitos do temporal. 

As equipes técnicas da Defesa Civil permanecem mobilizadas e realizando vistorias nos locais em que há sinalização de risco.

A orientação da Prefeitura de Niterói é de que as pessoas sigam atentas aos alertas da Defesa Civil, através das mídias sociais, SMS 40199, grupos de WhatsApp e pelo aplicativo ALERTA DCNIT. 

Em caso de emergência, devem acionar a Defesa Civil através dos telefones 199 ou 2620-0199.

Investimento

A Prefeitura de Niterói vem investindo na área de resiliência desde 2013, com investimentos como a aquisição e manutenção da rede pluviométrica da cidade; a manutenção do sistema de alerta e alarme por meio de sirene; a aquisição de novas sirenes; a aquisição e manutenção do radar meteorológico; formação de voluntários; além de investimento em contenção de encostas – somente em 2023, o Município investiu R$ 236 milhões neste tipo de obras, beneficiando diversas regiões.

Desde 2013, foram cerca de R$ 1 bilhão, investidos em obras de drenagem, pavimentação e contenção de encostas, em toda a cidade. 

As ações acontecem de acordo com um trabalho criterioso de análise que segue o Plano de Gerenciamento e Prevenção de Riscos, e também integram o eixo Clima e Resiliência do Plano Niterói 450 Anos.

Nesta terça-feira (16), será realizada uma nova licitação para a aquisição de oito estações hidrológicas que contam com sensores de chuva e nível de rio, além da manutenção e operação de mais três estações meteorológicas completas.

Recentemente, foi realizada uma licitação para aquisição de estações de monitoramento e qualidade do ar completa que realizam, além da medição da poluição do ar à medição de diversas variáveis meteorológicas. 

Com essas aquisições, Niterói passará a contar com medições de chuva; vento; umidade; temperatura; radiação; direção e velocidade do vento, em seis novos pontos da cidade, e com a medição de nível de rio, em oito pontos.

Confira os maiores acumulados de chuva na cidade, em 24h, entre os dias 13 e 14, de acordo com as estações da rede municipal:

Morro do Estado - 192,6 mm
Piratininga - 148 mm
Pé Pequeno - 143,4 mm
Maravista - 134 mm
Engenho do Mato - 132,6 mm
Morro da Penha - 132,2 mm
Itaipu - 131,2 mm
Boa Vista - 128,6 mm
Várzea das Moças - 124 mm
São Francisco - 120,6 mm

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