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Na próxima quinta-feira (27), às 19h30min, o Coletivo Fazenda Colubandê Quem Ama Cuida vai realizar uma reunião para tratar sobre os assuntos do equipamento cultural e histórico de São Gonçalo. O espaço foi ocupado pelo Comando de Polícia Ambiental (CPAm), mas o Coletivo trata sobre o local como um todo, incluindo a sede, capela e área externa. No dia 4 de fevereiro às 9h será realizada uma Audiência Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para tratar sobre o Projeto de Lei 5113/2021, que cria o Parque Estadual Fazenda Colubandê.
De acordo com nota, o Coletivo Fazenda Colubandê Quem Ama Cuida, ao longo dos nove anos das ações do grupo, em atenção a Fazenda Colubandê, desde a saída do Batalhão Florestal - PMERJ em julho de 2012 (quando o imóvel ficou abandonado, sofrendo diversos saques e depredação), essa é a iniciativa mais estratégica na defesa do patrimônio histórico cultural.
Cleise Campos, que é membro do Coletivo, explicou que desde essa saída todo o conjunto ficou abandonado, a capela foi roubada e destruída. O acervo não está mais na fazenda e começou uma onda de saques e depredação. Em uma cidade como são Gonçalo, que não valoriza a cultura, vimos uma falência desse conjunto.
Em 2021 voltou a companhia da Polícia Militar, mas eles ficam na parte atrás da Fazenda, área externa. Queremos alertar para necessidade da preservação, do cuidado e de uma medida de restauro. Precisamos saber quem vai administrar o conjunto arquitetônico, frisou.
Esse Parque estabelece uma requalificação da Fazenda, criando uma preservação da sede, da capela e também ações de esporte, meio ambiente, cultura, economia criativa e garante a integridade física e imaterial do bem. Nós temos que cuidar desse patrimônio, contamos com ajuda de muitos moradores do entorno da Fazenda e temos nos unir para esse bem comum, completou Cleise.
O Governo do Estado foi questionado sobre o assunto, mas até o fechamento dessa edição não se manifestou.
HISTÓRIA DA FAZENDA
A Fazenda Colubandê foi tombada como patrimônio histórico em 1940 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Batalhão Florestal funcionou no local de 1988 até 2012, após a transferência para o Complexo do Alemão. Em 2017, a unidade voltou a funcionar no local, sob a denominação de Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente (BPMA), mas por um breve período. Em janeiro de 2020, foi reativada e voltou a ser utilizada pelo Comando de Polícia Ambiental (CPAm).