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Dados sobre dengue no RJ não batem com os do Ministério da Saúde
Governo do Estado afirma que houve mais de 40 mil casos só neste ano
Dados sobre dengue no RJ não batem com os do Ministério da Saúde
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Por: Gabriel Ferreira Data da Publicação: 11 de novembro de 2023FacebookTwitterInstagram
Foto: Divulgação

Com exclusividade para o jornal A TRIBUNA, o Ministério da Saúde informou que os casos de dengue reduziram drasticamente neste ano. 

O fato chama a atenção por ser contraditório aos índices apresentados pela Secretaria Estadual de Saúde. 

Até a última terça-feira (7), foram registrados cerca de 40.571 de casos da doença de janeiro até outubro deste ano.

Já de acordo a pasta federal, as ações adotadas pelo Ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais de Saúde resultaram numa expressiva queda de 97% do número de casos notificados de dengue no Brasil, entre abril e setembro. 

Na 15ª semana do ano, de 09 a 15 de abril, foram registrados 114.255 casos suspeitos da doença. 

Na 35ª semana, de 27 de agosto e 02 de setembro, foram notificados 3.254 casos de dengue.

No período de março a junho deste ano, quando se costuma registrar maior incidência de arboviroses no país, o Ministério da Saúde mobilizou o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE). 

Ao todo, foram realizadas 11 ações de apoio aos estados com maior número de casos e óbitos por dengue e chikungunya. 

Também foram distribuídas cerca de 345 mil reações de sorologia e 131 mil exames de RT-PCR.

A pasta investiu R$ 84 milhões na compra de adulticida e larvicida para as ações de combate ao mosquito nos estados e municípios; lançou o painel público de dados de arboviroses; antecipou a campanha nacional de mobilização da população; capacitou de mais de 9.500 profissionais de saúde via UNA-SUS (Universidade Aberta do SUS) e 2.196 profissionais de saúde para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses com treinamento presencial. 

Além disso, foi iniciado o processo de estratificação de risco intramunicipal em áreas prioritárias para a implementação de novas tecnologias, como armadilhas disseminadoras de larvicidas, Wolbachia e borrifação residual intradomiciliar.

Reforço de ações

O Ministério da Saúde informou que procura reforçar a importância da continuidade das ações de controle dos estados e municípios, além do papel das instâncias locais em manter profissionais de saúde e rede assistencial mobilizados para garantir acesso integral e manejo clínico adequado. 

É necessário também estimular a participação comunitária para eliminação dos focos. 

Atualmente, o combate ao vetor aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle das arboviroses.

As epidemias de dengue podem ocorrer por diversos fatores, tais como reemergência de sorotipos, a presença de hospedeiros suscetíveis, a abundância de criadouros, mudanças de temperatura. 

Considera-se que um local está em epidemia quando o número de casos ultrapassa o limite máximo esperado para a série histórica. 

Em geral, esses limites são obtidos por meio da construção do canal endêmico e pode variar conforme o método estatístico escolhido.

Itaboraí diz que casos são menores ao informados pelo Governo do Estado

Nos dados apresentados por A TRIBUNA na última terça-feira (7), a cidade de Itaboraí apresentou cerca de 519 casos registrados pela dengue.

No entanto, a Prefeitura de Itaboraí disse à nossa equipe que os casos registrados pelo Governo do Estado são menores que o esperado. 69 registrados até o momento.

“A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) reforça o compromisso com a transparência das notificações de todos os casos suspeitos. Entretanto, ressalta que o número de casos de dengue confirmados neste ano de 2023 é de 69, até o momento. A SEMSA monitora constantemente o comportamento do mosquito Aedes aegypti no município, realizando mutirões em localidades que apresentam alto índice de infestação, raio de ação focal nos casos notificados de arboviroses e a utilização do carro fumacê”, informou.

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