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Confiança do comércio em abril permaneceu estável, aponta CNC
No entanto, ao comparar com o mesmo período do ano passado, foi registrada uma queda acentuada
Confiança do comércio em abril permaneceu estável, aponta CNC
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Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 28 de abril de 2025FacebookTwitterInstagram
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), aferido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), permaneceu estável em abril na comparação com março, fixando-se nos 101,7 pontos após ajuste sazonal. Apesar da estabilidade mensal, o indicador registrou uma queda expressiva de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a CNC, o principal fator para essa retração foi o recuo no subindicador de Condições Atuais da Economia, que caiu 24,8 pontos na comparação anual, demonstrando o baixo nível de otimismo dos comerciantes. Mesmo setores que costumam resistir melhor às flutuações, como supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, apresentaram recuo, alcançando 97,8 pontos — nível considerado pessimista.

O levantamento apontou que, apesar de pequenos avanços em componentes como Condições Atuais Gerais (0,8%) e Intenções de Investimento (0,1%) no mês, esses movimentos não foram suficientes para reverter a prudência dos empresários frente ao cenário econômico. As intenções de investimento, por exemplo, mostraram retração de 2,4% em comparação a abril de 2024. A estimativa de contratação de pessoal também cedeu 2,4%, e os investimentos em estoques recuaram 1,1%.

As expectativas para os próximos meses sofreram leve retração, com queda de 0,5% em abril e de 8,9% no acumulado de doze meses, embora o patamar ainda seja considerado otimista, com 128,4 pontos. O resultado indica que a preocupação dos comerciantes está mais concentrada nas condições atuais do que no futuro próximo.

O recuo da confiança foi mais acentuado entre os empresários que atuam na venda de bens duráveis — como móveis, veículos, eletrodomésticos e eletrônicos —, segmento que liderou a retração anual do índice geral (-10,2%) e registrou a maior queda no sentimento sobre as condições atuais (-14,8%).

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