Com o velório e o funeral do Papa Francisco encerrados no último final de semana, o Vaticano já escolheu a data para a seleção do 267º pontífice da Igreja Católica. O Conclave começa no dia 7 de maio, uma quarta-feira. A data foi acordada entre os cardeais durante a quinta Congregação Geral desde a morte de Francisco, na manhã desta segunda-feira (28).

O Conclave vai ser realizado na Capela Sistina do Vaticano, que ficará fechada para a visitação do público durante o período da escolha. A votação vai começar após o fim da “Novemdiales”, um período de nove dias de luto pela morte de Francisco, iniciado após o seu sepultamento, neste sábado (26).

A data de começo do Conclave está definida, mas quando um novo Papa será eleito ainda depende. Isso porque para confirmar a eleição, um candidato tem que receber dois terços dos votos e, enquanto isso não acontecer, os eleitores ficarão reclusos. Nos dois últimos Conclaves, em 2005 (Bento XVI) e 2013 (Francisco), o Conclave durou dois dias, mas já teve ocasiões de durar quase dois anos.

Vale lembrar que só podem participar os cardeais com menos de 80 anos até a morte de Francisco.

Durante o Conclave, os cardeais eleitores ficam isolados dentro do Vaticano e fazem um juramento de completo segredo em relação ao processo. Ao todo, quatro votações podem acontecer por dia, duas pela manhã e duas pela tarde.

Depois que os votos são contados, as cédulas são queimadas. Caso o resultado seja inconclusivo, a chaminé do Vaticano solta uma fumaça preta. Se esse processo demorar mais de três dias, os cardeais terão uma pausa de 24 horas antes de voltarem ao processo. Se passarem 34 votações sem consenso, os dois candidatos mais votados disputam uma espécie de segundo turno, mas os dois terços ainda são necessários.

Quando os eleitores atingirem dois terços dos votos para um novo Papa, a chaminé do Vaticano soltará uma fumaça branca, alertando o mundo que uma escolha foi feita.

Ao todo, 133 cardeais são esperados para participar do Conclave, que deve ser mais “global” que o anterior. Desses, sete são brasileiros, incluindo o arcebispo do Rio de Janeiro, Orani Tempesta. Assim, serão necessários 89 votos para eleger um novo Papa.