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Complexo petroquímico Boaventura deve gerar 10 mil empregos em Itaboraí
Durante inauguração de empreendimento, Lula destaca que Petrobras de "servir ao povo brasileiro"
Complexo petroquímico Boaventura deve gerar 10 mil empregos em Itaboraí
Foto do autor Saulo Andrade Saulo Andrade
Por: Saulo Andrade Data da Publicação: 13 de setembro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Saulo Andrade/A TRIBUNA

Num clima de otimismo e retomada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou, nesta sexta-feira (13), em Itaboraí, o Complexo de Energias Boaventura, da Petrobras. Trata-se, na verdade, do Polo Gaslub - o antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), recentemente rebatizado pela companhia petrolífera.

Considerada a maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Brasil, ela faz parte do Projeto Integrado Rota 3 (PIR3), que receberá o gás do pré-sal da Bacia de Santos (SP), transportado pelo gasoduto Rota 3, que começará a operar em breve.  

Vestido com o uniforme laranja da Petrobras, Lula se disse "orgulhoso":

"A Petrobras está no meu sangue. Esta empresa está crescendo porque o Brasil não precisa baixar a cabeça para ninguém. Estabelecemos cota de 65% de produção nacional para a Petrobras, que deve servir ao povo brasileiro".

Soberania nacional

A previsão é de que o PIR3 viabilize o escoamento de até 18 milhões de metros cúbicos por dia, com o processamento de até 21 milhões de gás pela UPGN. O aumento da oferta de gás natural no mercado brasileiro visa reduzir a dependência de importações.

As primeiras operações devem ocorrer na primeira quinzena de outubro. A previsão é contratar cerca de 10 mil trabalhadores. Entre funcionários próprios e terceirizados, o Complexo conta, hoje, com mais de 600 profissionais, trabalhando na operação, manutenção de equipamentos e suporte operacional do gasoduto e das plantas de processamento de gás e de utilidades.  

Além do gasoduto implantado para o escoamento de gás natural e da UPGN, a Petrobras está trabalhando em projetos no Complexo, que incluem duas termelétricas a gás, para participação nos leilões previstos pelo setor elétrico, e unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a Petrobras, sob a liderança do presidente Lula, "não está mais à venda". "Defender a Petrobras é defender o Brasil. Reduzimos o preço de competitividade interna e a sociedade brasileira não vai ficar à mercê da volatilidade internacional. Estamos buscando a soberania nacional",  sublinhou o ministro, acrescentando que o preço do gás pode diminuir, na ponta, para o consumidor brasileiro.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que um dos objetivos da companhia é gerar cerca de 10 mil postos nas obras do complexo; além de 3 mil empregos permanentes. "Vamos qualificar 20 mil pessoas, em situação de vulnerabilidade social, no programa de parceria da Petrobras com o Sesi-Senai", ressaltou.

Prevê-se também que o conjunto de unidades poderá produzir cerca de 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II; e também 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), com baixíssimo teor de enxofre. A companhia pretende instalar uma nova usina no complexo, cuja capacidade é gerar 400 megawats.

História

O projeto de se construir um complexo petroquímico no estado começou em 2006, mas foi em 2015, com a Operação Lava Jato, que o sonho de se gerar emprego e renda no setor de óleo e gás começou a ruir: o Comperj foi diretamente afetado pelas investigações conduzidas, na época, pelo então juiz Sérgio Moro, que inviabilizou a continuidade das obras.

O Complexo de Energias Boaventura faz alusão ao Convento São Boaventura, que fica dentro da unidade, e é considerado uma das primeiras construções da região que hoje é conhecida como a cidade de Itaboraí. Vale lembrar que as ruínas do convento foram conservadas pela Petrobras.

Políticos do Leste Fluminense

Dentre as autoridade locais presentes no evento, o prefeito de Maricá, Fabiano Horta, além das deputadas estaduais Verônica Lima e Zeidan (todos do PT).

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