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Foi aberta a exposição de fotografias 'CARLOS RUAS, o fotógrafo - Memórias do Clube Central’, com curadoria do também expert em lentes e câmeras, Renato Moreth. Ao todo foram selecionadas 48 fotos do acervo de milhares de imagens do eterno colunista social, que hoje está com 97 anos, esbanjando lucidez.
As imagens escolhidas abrangem as décadas de 1950, 1960 e 1970 e retratam personalidades da cidade e do país, que passaram pelo Clube Central. Elas incluem fotos da diretoria, dos tradicionais bailes e das grandes celebrações capturadas por suas câmeras.
Carlos Ruas é um profissional multifacetado, atuou como jornalista, repórter fotográfico, relações públicas, publicitário e cerimonialista. Reconhecido como uma figura influente na cidade, ele trabalhou em diversos jornais do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana, sendo colunista social do jornal O Fluminense durante décadas. A exposição pode ser vista de segunda-feira a sábado, no Hall de entrada do clube, das 9h às 18h.
"Este é mais um exemplo de resgate e valorização da memória e da história de glamour e representatividade do Clube Central. Por aqui passaram grandes artistas, grandes políticos, grandes personalidades da cidade, do estado e do país. Carlos Ruas é uma destas personalidades, que cumpriu também o papel de registrar a presença de tantas outras por aqui. É uma honra para nossa gestão promover esse resgate." comentou Fernando Tinoco, Presidente Executivo do Clube Central, que construiu a ideia da exposição ao lado também do Diretor de Patrimônio Histórico e Cultural, Paulo Cesar Araújo, historiador e professor da UFRJ.
Filho de portugueses, Ruas nasceu na Lapa. Tinha quatro anos quando mudou-se para Portugal e retornou ao Rio, com 17, para servir ao Exército. Dispensado por excesso de contingente, desembarcou na Praça Arariboia com 22 anos.
Ruas trabalhou em vários jornais, entre eles, o Estado, Diário Fluminense, Correio Fluminense e, durante 35 anos, no Jornal O Fluminense. Quando completou 63 anos de profissão, em 2017, Ruas lançou o livro “Niterói de Outros Tempos”, uma obra de memórias, e recebeu a Medalha José Cândido de Carvalho, da Câmara de Vereadores de Niterói.
Concursos de beleza, disputas políticas, bailes de máscara, avanços científicos, revoltas populares, conquistas sociais, toda espécie de acontecimentos moldam e formam a história de uma sociedade. Carlos Ruas presenciou e eternizou estes e outros fatos marcantes da trajetória de Niterói, assim como as lentas mudanças cotidianas que, ao longo do tempo, transformam a paisagem urbana e as relações sociais.
O jornalista é o guardião de um arquivo com mais de três mil imagens da cidade e também de uma memória surpreendente sobre acontecimentos que transformaram Niterói para sempre. Pelo visor de sua inconfundível máquina de formato quadrado, registrou o encalhe do Navio Camboinhas, a derrubada do trampolim da praia de Icaraí, além do dia a dia das ruas da cidade.
As fotos foram impressas em placas de PVC, com alta qualidade, e que passarão a compor o acervo permanente da agremiação.