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A primeira cidade equatoriana a se tornar independente passou por momentos de terror nesta terça-feira (09), com tomada e invasões de criminosos em faculdades e emissoras de TV.
A programação da emissora TC, da cidade de Guayaquil, foi interrompida por um grupo armado e encapuzado.
O grupo ameaça a equipe da emissora e mostram granadas e bombas caseiras em frente às câmeras, fazendo com que o apresentador do programa Después de El Noticiero, José Luis Calderón, peça a saída da polícia enquanto os sequestradores colocaram uma dinamite no casaco do apresentador.
As forças de segurança do país evacuaram os funcionários do canal e após o incidente o presidente do Equador Daniel Noboa assinou um decreto para realização de operações militares para neutralizar os grupos criminosos envolvidos no ocorrido.
A cidade também possui relatos de roubos e arrastões em várias áreas da cidade, com tentativas de sequestros em hospitais e faculdades da região.
Entenda:
O país está passando por uma crise no sistema penitenciário após o desaparecimento de José Adolfo Macías Villamar, vulgo "Fito", líder de Los Choneros, a maior facção criminosa do país, no dia sete de janeiro, resultando em motins em várias penitenciárias do país.
Em resposta, o presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência de 60 dias no país e afirmou em suas redes sociais que não iria “negociar com terroristas”.
A medida impôs um toque de recolher das 23h às 5h, ampliando as funções das forças armadas à apoiar a polícia, a construção de uma nova prisão de segurança máxima, com financiamento internacional e novos investimentos no combate ao tráfico de drogas do país.
Desde 2021 as prisões do país estão superlotadas e confrontos resultaram na morte de mais de 400 detentos.