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O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 10 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. O Rio de Janeiro teve a maior elevação na passagem de maio para junho, com 2,22% de aumento.
Esse é o primeiro aumento na Cesta Básica do Rio de Janeiro nos últimos três meses. Com isso, a capital fluminense segue tendo o terceiro grupo de alimentos mais caros da pesquisa, custando R$ 814,38, ou 62,35% do salário mínimo. A cidade só ficou atrás de São Paulo (R$ 832,69) e Florianópolis (R$ 816,06).
A comparação dos valores da cesta, entre junho de 2023 e junho de 2024, mostra que o custo aumentou em 13 cidades, com destaque para as variações no Rio de Janeiro (9,90%), em Curitiba (7,66%), Brasília (7,51%) e Belo Horizonte (6,94%). A retração mais importante foi registrada em Recife (-6,16%).
Nos seis meses de 2024, todas as cidades tiveram elevação nos preços médios e os percentuais variaram entre 4,29%, em Vitória, e 10,62%, em Fortaleza.
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em junho de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em maio, o valor necessário era de R$ 6.946,37 e correspondeu a 4,92 vezes o piso mínimo. Em junho de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.578,41 ou 4,98 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.320,00.