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No ano de 2023, o Brasil registrou, aproximadamente, 33 mil acidentes por picadas de abelhas. Entre os casos reportados, os acidentes ofídicos e por abelhas apresentaram as maiores taxas de letalidade, totalizando 0,43% e 0,37%, respectivamente, no referido ano. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (26).
De acordo com a pasta, em situação de perigo ou quando provocadas, as abelhas operárias reagem com o ferrão e dão a picada. Ao picar, elas perdem o ferrão e morrem em seguida. Ao atacar nas proximidades de um enxame, as primeiras abelhas liberam um feromônio que faz com que outras também ataquem o mesmo alvo, o que pode causar um acidente com centenas de picadas.
Também no ano passado, dos cerca de 340 mil acidentes registrados envolvendo animais peçonhentos, mais de 200 mil foram ocasionados por escorpiões. No fim de agosto, A Tribuna já havia reportado o aumento de casos no estado do Rio de Janeiro.
Os escorpiões injetam veneno por um ferrão na ponta da cauda. O acidente com pessoas ocorre quando se encosta no animal, geralmente a mão ou o pé. São encontrados em ambientes habitados pelo homem, principalmente nas cidades. Podem esconder-se próximos às residências, terrenos abandonados com entulhos, em materiais de construção, embaixo de pedras, matos, lixo, lenha, tijolos, telhas...
Nas residências são comuns nas saídas de esgoto, ralos e caixas de gordura. Procuram locais escuros e se alimentam principalmente de baratas. Por isso a importância de se combater o aparecimento desses insetos, que são atrativos dos escorpiões.
A relevância dos acidentes envolvendo animais peçonhentos, para a saúde pública, é evidenciada pelo aumento significativo no registro de acidentes e óbitos a cada ano, resultantes de diversas formas de envenenamento. Eles têm crescido a cada ano, devido a fatores como a expansão da ocorrência de espécies bem adaptadas à convivência humana, o avanço desordenado da ocupação humana e as alterações climáticas.
O Ministério da Saúde adquiriu, junto ao Instituto Butantan, 450 mil frascos de antivenenos (aumento de 4,7% em relação ao contrato anterior), para o atendimento de todos os acidentes por animais peçonhentos que são tratados com estes imunobiológicos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O aumento na disponibilidade de antivenenos faz parte da estratégia para que o Brasil alcance os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que prevê a redução de 50% da mortalidade decorrente de acidentes ofídicos até 2030.
Em caso de acidentes, deve-se ligar para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) que atende a região. Dependendo da gravidade, o centro de informação orientará sobre a busca por atendimento e primeiros-socorros.